Segunda-Feira, 14 de Julho de 2025
Economia
09/05/2014 10:27:38
Inflação oficial perde força e fica em 0,67% em abril, diz IBGE
Em abril, os gastos relativos a alimentos e transportes subiram menos e influenciaram o comportamento da inflação oficial.

G1/AB

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\n \t Em abril, os gastos relativos a alimentos e transportes subiram menos e influenciaram o comportamento da inflação oficial.\n \n \t Usado como base para as metas do governo federal, o Índice de Preços ao\n Consumidor Amplo (IPCA), medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e\n Estatística (IBGE), ficou em 0,67% em abril, perdendo força em relação \n ao mês anterior, quando a taxa atingiu 0,92%.\n \n \t No ano, o IPCA acumula, com esses números de abril, variação de 2,86% \n e, em 12 meses, de 6,28%, dentro do teto da meta de inflação do Banco \n Central, que é de 6,5%. Em abril do ano passado, o inddicador ficou em \n 0,55%.\n \n \t Os dois grupos que mais tiveram influência sobre o IPCA de abril, o de \n alimentação e bebidas e o de transporte, tiveram suas taxas reduzidas de\n 1,92% para 1,19%, e de 1,38% para 0,32%, respectivamente.\n \t No grupo alimentação e bebidas, subiram menos os preços dos alimentos \n consumidos dentro de casa, de 2,43% para 1,52%, e fora de casa, de 0,96%\n para 0,57%. O tomate, que foi considerado um dos grandes vilões da \n inflação de alimentos do ano passado e chegou a ficar 32,85% mais caro \n em março, desacelerou para 1,94% em abril.\n \n \t De acordo com a coordenadora, demanda e problemas climáticos vêm afetando os preços dos alimentos.

\n \t “Quando a renda aumenta, você tem uma pressão sobre os preços dos \n alimentos, os serviços também. E também têm acontecido os efeitos \n climáticos, não só no Brasil, como em outros países. Então, demanda e \n problemas climáticos vêm afetando os preços dos alimentos”, afirmou a \n coordenadora de Índices de Preços do IBGE, Eulina Nunes dos Santos.

\n \t O IBGE explicou ainda que o preço das carnes foi diretamente afetado \n pelo período de estiagem. Outro destaque nos alimentos e bebidas foi a \n cerveja, que teve demanda aumentada por conta do período da Copa do \n Mundo.\n \n \t Passagens aéreas sobem menos
\n \t Quanto aos preços relativos a transportes, o maior destaque veio da \n queda das passagens aéreas. Depois de os preços subirem 26,49% em março,\n recuaram para 1,87%. Também contribuiu para a desaceleração do índice \n do grupo o comportamento dos combustíveis. O etanol passou de 4,17% em \n março para 0,59% em abril e a gasolina, de 0,67% para 0,43%. No caso das\n tarifas dos ônibus urbanos, a alta de preços perdeu força: de 0,60% \n para 0,24%.\n \n \t "Foi uma diferença significativa de um mês para o outro. O índice de \n abril quase faz uma inversão com o de março, onde os principais \n ‘preções’ vieram do grupo dos transportes - quando as passagens aéreas \n subiram muito em função principalmente do período do carnaval - e do \n grupo alimentação e bebidas, que parece que concentrou os prejuízos \n causados pela estiagem”, disse a coordenadora.\n \n \t De acordo com Eulina, nos últimos dois anos, considerando o acumulado \n em 12 meses, a taxa tem ficado em torno de 6%. "Os alimentos vêm \n pressionando a taxa significativamente nos últimos anos. O IPCA vem \n sendo pressionado pelos serviços e pelos alimentos que é um grupo \n importante, que mexe no bolso das famílias. É o primeiro grupo que mais \n pesa no bolso do consumidor. São 24,85% de peso no bolso, a partir dele \n vem o transporte."\n \n \t Entre os grupos pesquisados pelo IBGE,\n também registrou taxa menor o de despesas pessoais (de 0,79% para \n 0,31%), com pressões vindas da queda dos preços dos serviços de \n manicure, de 0,02%, e da desaceleração de custos relativos a empregado \n doméstico (de 1,28% para 0,58%) e cabeleireiro (de 0,79% para 0,03%).\n \n \t Mais custos com habitação e cuidados pessoais
\n \t O grupo de saúde e cuidados pessoais mostrou taxas maiores em relação a\n março: de 0,43% para 1,01%, devido ao aumento - programado - nos preços\n dos remédios, cuja alta ficou em 1,84%.\n \n \t Também mostrou aumento de preços o grupo de gastos com habitação (de \n 0,33% para 0,87%). O aumento ocorreu, principalmente, devido ao avanço \n de preços da energia elétrica, que foram reajustados em algumas \n capitais.\n \n \t Na análise por regiões, a maior variação do IPCA foi registrada em \n Porto Alegre e em Fortaleza (1,08% em ambas). Já o menor índice foi o \n observado no Rio de Janeiro (0,42%).\n \n \t INPC
\n \t O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), divulgado com o IPCA,\n apresentou variação de 0,78% em abril e ficou abaixo do resultado de \n 0,82% de março. No ano, o índice acumula alta de 2,90% e, em 12 meses, \n de 5,82%.\n \n \t Os produtos alimentícios aumentaram 1,34% em abril, enquanto os não \n alimentícios ficaram com 0,54%. Em março, os resultados haviam sido \n 1,88% e 0,37%, respectivamente.
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