G1/PCS
ImprimirO preço dos combustíveis subiu em outubro e pressionou o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país. A taxa voltou a ganhar força e ficou em 0,26% em outubro, depois de chegar a 0,08%, em setembro.
Apesar da aceleração, o índice de outubro é o menor índice para o mês desde 2000, quando chegou a 0,14%. Os números foram divulgados nesta terça-feira (9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
Em outubro, na análise dos grupos de gastos, o que mais puxou o aumento geral de preços foi o de transportes. Em setembro, o grupo havia registrado queda de preços de 0,10% e, no mês seguinte, teve forte aumento de 0,75%.
O preço do litro do etanol subiu 6,09% e acabou puxando o da gasolina, que ficou 1,22% mais cara, contrariando a redução no valor do combustível autorizado pela Petrobras. As passagens aéreas também passaram a custar mais, registrando alta acima de 10%.
Também pressionaram os alimentos e bebidas (de -0,29% para 0,05%) e os artigos de residência (de -0,23% para -0,13%). Os dois continuam mostrando deflação de preços, mas em ritmo menor.
No ano, o IPCA acumula alta de 5,78%, abaixo dos 8,52% registrado no mesmo período de 2015. Em 12 meses, a taxa também perdeu força, ao atingir 7,87%, abaixo dos 8,48% relativos aos 12 meses imediatamente anteriores.
Projeções
A estimativa mais recente dos economistas do mercado financeiro projeta o IPCA em 6,88% no final deste ano, permanecendo acima do teto de 6,5% do sistema de metas de inflação e bem distante do objetivo central fixado para 2016, que é de inflação de 4,5%. Para 2017, porém, a previsão do mercado financeiro para a inflação está em 4,94%.