Sábado, 23 de Novembro de 2024
Economia
21/07/2014 09:00:00
Mercado financeiro já prevê alta do PIB menor que 1% em 2014
A economia brasileira deve crescer menos de 1% este ano, segundo os economistas do mercado financeiro.

G1/LD

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A\n economia brasileira deve crescer menos de 1% este ano, segundo os economistas\n do mercado financeiro. É a primeira vez que a expectativa de crescimento do\n Produto Interno Bruto (PIB) deste ano fica abaixo dessa marca. De acordo com o\n relatório de mercado (Focus), divulgado pelo Banco Central, a previsão para o\n PIB caiu de 1,05% para 0,97%. Foi a oitava queda seguida.\n \n As\n previsões do mercado financeiro, coletadas pelo BC por meio de pesquisa com\n mais de 100 instituições financeiras na semana passada, confirmam o cenário de\n desaceleração da economia brasileira. Em 2013, o PIB registrou crescimento de\n 2,5%. Para 2015, a previsão do mercado de alta do PIB ficou estável em 1,5%.\n \n O\n PIB é a soma de todos os bens e serviços feitos em território brasileiro,\n independentemente da nacionalidade de quem os produz, e serve para medir o\n crescimento da economia.\n \n Para\n conter a inflação, o BC subiu os juros entre abril do ano passado e maio deste\n ano, influenciando também o ritmo de atividade. Com taxas maiores, há redução\n do crédito e do dinheiro em circulação, assim como do número de pessoas e\n empresas dispostas a consumir, o que tende a fazer com que os preços caiam ou\n parem de subir.\n \n No\n fim de maio, o IBGE informou que a economia do país registrou expansão\n de 0,2% nos três primeiros meses de 2014, em relação ao quarto trimestre de\n 2013, com destaque para o bom desempenho da agropecuária.\n \n A\n expansão do PIB do país previsto para 2014 pelo mercado financeiro, de 0,97%,\n continua abaixo do estimado no orçamento federal, de 2,5%, e também menor que a\n previsão divulgada pelo Banco Central na semana passada, de alta de 1,6%.\n \n Menos inflação
\n O mercado financeiro também previu menos inflação para este ano. Os economistas\n dos bancos reduziram de 6,48% para 6,44% sua previsão de 2014 para o Índice\n Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial\n do país e calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística\n (IBGE).\n \n Com\n isso, o valor se distanciou um pouco do teto de 6,5% do sistema de metas de\n inflação para o ano. A previsão chegou a ultrapassar o teto em abril, mas\n depois recuou. Para 2015, a expectativa dos economistas dos bancos para o IPCA,\n porém, subiu de 6,10% para 6,12%.\n \n Pelo\n sistema que vigora atualmente no Brasil, a meta central tanto para 2014 quanto\n para 2015 é de 4,5%. Entretanto, há um intervalo de tolerância de dois pontos\n percentuais para cima ou para baixo. Desse modo, o IPCA pode oscilar entre 2,5%\n e 6,5% sem que a meta seja formalmente descumprida.\n \n Taxa de juros
\n A previsão do mercado financeiro para a taxa básica de juros (Selic) da\n economia brasileira, por sua vez, foi mantida em 11% ao ano até o fechamento de\n 2014. Na semana passada, o BC manteve a taxa estável neste patamar pelo segundo\n encontro seguido do Comitê de Política Monetária (Copom).\n \n Para\n o fim de 2015, a previsão dos analistas para o juro básico da economia\n permaneceu em 12% ao ano.\n \n Câmbio, balança comercial e investimentos estrangeiros
\n Nesta edição do relatório Focus, a projeção do mercado financeiro para a taxa\n de câmbio no fim de 2014 recuou de R$ 2,39 para R$ 2,35 por dólar. Para o\n término de 2015, a previsão dos analistas para a taxa de câmbio ficou estável\n em R$ 2,50 por dólar.\n \n A\n projeção para o superávit da balança comercial (resultado do total de\n exportações menos as importações) em 2014 permaneceu em US$ 2 bilhões na semana\n passada. Para 2015, a previsão de superávit comercial subiu de US$ 9,4 bilhões\n para US$ 9,8 bilhões.\n \n Para\n este ano, a projeção de entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil\n permaneceu em US$ 60 bilhões. Para 2015, a estimativa dos analistas para o\n aporte de investimentos estrangeiros ficou estável em US$ 55 bilhões.
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