G1/LD
ImprimirOs analistas do mercado financeiro reduziram mais uma vez a previsão de crescimento da economia em 2019, segundo dados divulgados pelo Banco Central (BC) nesta segunda-feira (1). Os economistas também reduziram a previsão para a taxa de inflação deste ano.
De acordo com dados do relatório de mercado, conhecido como relatório "Focus", a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2019 passou de 0,87% para 0,85%. Foi a 18ª semana seguida de corte na previsão de crescimento para o ano.
O relatório Focus é resultado de levantamento feito na semana passada com mais de 100 instituições financeiras.
Já a previsão da inflação passou de 3,82% para 3,80%. A meta central deste ano é de 4,25%, e o intervalo de tolerância do sistema de metas varia de 2,75% a 5,75%.
A meta de inflação é fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para alcançá-la, o Banco Central eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia (Selic).
Apesar da redução, a previsão do mercado está acima da expectativa de crescimento do Banco Central. Na semana passada, o BC reduziu de 2% para 0,8% a previsão de crescimento do PIB para 2019. A estimativa está no relatório trimestral de inflação, divulgado na quinta-feira (27).
2020 e 2021
Os economistas dos bancos não alteraram a previsões de crescimento do PIB para 2020, mantendo a expectativa em 2,20%. Já a previsão de inflação para o próximo ano caiu de 3,95% para 3,91%.
No próximo ano, a meta central de inflação é de 4% e terá sido oficialmente cumprida se o IPCA oscilar entre 2,5% e 5,5%.
Já para 2021 a previsão de crescimento do PIB foi mantida em 2,5% com uma inflação de 3,75%.
Taxa de juros
Os analistas do mercado financeiro reduziram mais uma vez a previsão da Selic para o final de 2019. Segundo dados do boletim, os economistas esperam que a taxa básica de juros encerre o ano em 5,50%.
Para o fim de 2020, a estimativa do mercado financeiro para a Selic caiu de 6,50% ao ano para 6%.
Câmbio, balança e investimentos
Os analistas ouvidos pelo relatório Focus não mexeram na projeção da taxa de câmbio para o fim de 2019, que ficou estável em R$ 3,80 por dólar pela sexta semana consecutiva. A previsão do dólar para o fechamento de 2020 e 2021 também não foi alterada ficando em R$ 3,80 e R$ 3,84, respectivamente.
Para o saldo da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações), em 2019, os analistas aumentaram a previsão de superávit de US$ 50,6 bilhões para US$ 50,8 bilhões.
Para o ano que vem, a estimativa dos especialistas do mercado ficou em US$ 46,4 bilhões.
A previsão do relatório para a entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil, em 2019, ficou estável em US$ 85 bilhões. Para 2020, a estimativa dos analistas subiu de US$ 84,28 bilhões para US$ 84,36 bilhões.