Exame/PCS
ImprimirPelo menos sete milhões de empregos podem ser perdidos nos próximos cinco anos pelas transformações que a economia mundial sofrerá, e que o Fórum Econômico Mundial chamou de "quarta revolução industrial".
A dois dias do início do Fórum de Davos, a entidade que o organiza apresentou nesta segunda-feira um relatório que analisa as transformações que a economia mundial e o mercado de trabalho sofrerão na próxima meia década.
O estudo afirma que, por causa da automatização, o mundo perderá sete milhões de empregos "de escritório".
O estudo prediz o desenvolvimento nas áreas de inteligência artificial, robótica, nanotecnologia e impressão 3D.
Esta transformação tornará alguns empregos supérfluos e desnecessários, mas ao mesmo tempo abrirá a oportunidade para outra grande gama de funções.
É por isso que os economistas que assinam o estudo advertem que esta perda será compensada com a criação de dois milhões de novos empregos nas áreas de computação, engenharia, arquitetura e matemática.
A entidade baseou sua análise em dezenas de entrevistas com diretores de recursos humanos de 15 países, que possuem 65% do mercado de trabalho mundial.
"Sem uma ação urgente e específica para organizar a transição e contar com trabalhadores com a formação necessária, os governos terão que lidar com mais desemprego e mais desigualdade", indicou, Klaus Schwab, diretor do Fórum.
A perda de empregos afetará de maneira praticamente igual mulheres (48%) e homens (52%).
No entanto, uma análise mais específica mostra que para cada cinco empregos perdidos para as mulheres, só um será recuperado para elas.
Já para os homens, a cada três empregos perdidos, os homens obterão um, ressaltou o estudo.