Economia
26/08/2013 09:00:00
Não há definição sobre reajuste dos combustíveis, diz Mantega
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, ressaltou nesta segunda-feira, 26, que o governo não tem nenhuma definição sobre um eventual aumento de combustíveis em 2013.
Folha/PCS
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\n \n O ministro\n da Fazenda, Guido Mantega, ressaltou nesta segunda-feira, 26, que o governo não\n tem nenhuma definição sobre um eventual aumento de combustíveis em 2013.
"O que eu disse é que não haveria aumento em função da variação\n cambial", afirmou, referindo-se a uma entrevista concedida ao jornal Folha\n de S. Paulo. "Se vai ter algum outro tipo de aumento, eu não sei, não\n tem definição nenhuma", apontou. Mantega participou de um almoço, em São\n Paulo, realizado pelo Grupo de Líderes Empresariais (Lide).\n \n Mantega\n afirmou também que o governo tem grande "munição" para lidar com os\n movimentos de desvalorização do câmbio e admitiu que, caso seja oportuno,\n poderá vender dólares à vista. "Podemos dar liquidez para o spot, se for\n necessário", afirmou. De acordo com ele, o Banco Central (BC) pode\n "colocar até mais de US$ 60 bilhões" em swaps cambiais e leilões de\n linha, medida anunciada pela instituição financeira na semana passada.\n "Não há limite para isso", destacou, ressaltando que tais ações não\n representam perda de reservas cambiais.\n \n "O\n Brasil tem muita munição para enfrentar situação cambial", apontou.\n "O Banco Central está entusiasmado em não deixar que haja oscilação excessiva\n do câmbio", disse. Segundo Mantega, a administração federal conta com um\n montante de US$ 370 bilhões de reservas, que é robusto para lidar com eventuais\n volatilidades adicionais do mercado.\n \n Ainda\n conforme o ministro da Fazenda, "nenhum ministro sabe" quando o\n patamar do câmbio se estabilizará, pois é uma questão que está muito mais\n vinculada com a definição sobre a trajetória do fim da política de afrouxamento\n quantitativo do Federal Reserve (Fed, o BC dos Estados Unidos). Na análise de\n Mantega, não é uma questão trivial, pois "nem os diretores" do Fed\n "estão se entendendo" sobre a trajetória da política monetária nos\n EUA para o curto prazo.\n \n Expectativas\n \n Mantega\n disse que as expectativas em relação à economia do Brasil são inferiores à\n realidade. O ministro da Fazenda reconheceu que houve uma piora nas\n expectativas, bem como no nível de confiança de consumidores e empresários, mas\n refutou a tese de que a volatilidade do câmbio esteja ligada a esses fatores.\n \n "Não\n acredito que o movimento do câmbio esteja ligado às expectativas porque os\n investidores são muito objetivos", disse. O investidor, na avaliação de\n Mantega, não diz: "Olha, hoje o mercado acordou com mau humor". Na\n opinião do ministro, o investidor olha para dados objetivos. Prova disso, para\n Mantega, é que nos últimos meses as aplicações em renda fixa e o ingresso de\n Investimento Estrangeiro Direto (IED) no País foram recordes. "Nos últimos\n meses, o investimento em renda fixa e na Bolsa foram recordes e em Investimento\n Estrangeiro Direto, também", reforçou. Isso, de acordo com ele, é\n confiança, o que levará a uma melhora das expectativas.\n \n Inflação\n \n Mantega\n ressaltou também que a "inflação está sob controle" e que "a\n dona de casa pode ficar tranquila", pois o Poder Executivo não deixará que\n os preços subam. "Estamos vigiando a inflação e ela não será obstáculo\n para a nossa trajetória de crescimento", afirmou. "O impacto do\n câmbio na inflação ainda é pequeno. Mas vamos seguir observando",\n destacou. \n \n "Não\n sei se o câmbio terá ou não impacto na Selic. Só o Banco Central pode\n responder", disse, depois de ter sido perguntado se a desvalorização do\n real ante o dólar influenciará os passos das decisões do Comitê de Política\n Monetária (Copom), que terá a reunião de agosto concluída nesta quarta-feira,\n 28. \n \n Para\n combater a inflação, o ministro destacou que o Executivo tem um amplo leque de\n medidas que podem ser adotadas. Por hipótese, Mantega citou redução de tarifas\n de importação e desonerações de setores produtivos a fim anular eventuais\n aumentos de custos com o fortalecimento do dólar ante o real.\n \n \n
"O que eu disse é que não haveria aumento em função da variação\n cambial", afirmou, referindo-se a uma entrevista concedida ao jornal Folha\n de S. Paulo. "Se vai ter algum outro tipo de aumento, eu não sei, não\n tem definição nenhuma", apontou. Mantega participou de um almoço, em São\n Paulo, realizado pelo Grupo de Líderes Empresariais (Lide).\n \n Mantega\n afirmou também que o governo tem grande "munição" para lidar com os\n movimentos de desvalorização do câmbio e admitiu que, caso seja oportuno,\n poderá vender dólares à vista. "Podemos dar liquidez para o spot, se for\n necessário", afirmou. De acordo com ele, o Banco Central (BC) pode\n "colocar até mais de US$ 60 bilhões" em swaps cambiais e leilões de\n linha, medida anunciada pela instituição financeira na semana passada.\n "Não há limite para isso", destacou, ressaltando que tais ações não\n representam perda de reservas cambiais.\n \n "O\n Brasil tem muita munição para enfrentar situação cambial", apontou.\n "O Banco Central está entusiasmado em não deixar que haja oscilação excessiva\n do câmbio", disse. Segundo Mantega, a administração federal conta com um\n montante de US$ 370 bilhões de reservas, que é robusto para lidar com eventuais\n volatilidades adicionais do mercado.\n \n Ainda\n conforme o ministro da Fazenda, "nenhum ministro sabe" quando o\n patamar do câmbio se estabilizará, pois é uma questão que está muito mais\n vinculada com a definição sobre a trajetória do fim da política de afrouxamento\n quantitativo do Federal Reserve (Fed, o BC dos Estados Unidos). Na análise de\n Mantega, não é uma questão trivial, pois "nem os diretores" do Fed\n "estão se entendendo" sobre a trajetória da política monetária nos\n EUA para o curto prazo.\n \n Expectativas\n \n Mantega\n disse que as expectativas em relação à economia do Brasil são inferiores à\n realidade. O ministro da Fazenda reconheceu que houve uma piora nas\n expectativas, bem como no nível de confiança de consumidores e empresários, mas\n refutou a tese de que a volatilidade do câmbio esteja ligada a esses fatores.\n \n "Não\n acredito que o movimento do câmbio esteja ligado às expectativas porque os\n investidores são muito objetivos", disse. O investidor, na avaliação de\n Mantega, não diz: "Olha, hoje o mercado acordou com mau humor". Na\n opinião do ministro, o investidor olha para dados objetivos. Prova disso, para\n Mantega, é que nos últimos meses as aplicações em renda fixa e o ingresso de\n Investimento Estrangeiro Direto (IED) no País foram recordes. "Nos últimos\n meses, o investimento em renda fixa e na Bolsa foram recordes e em Investimento\n Estrangeiro Direto, também", reforçou. Isso, de acordo com ele, é\n confiança, o que levará a uma melhora das expectativas.\n \n Inflação\n \n Mantega\n ressaltou também que a "inflação está sob controle" e que "a\n dona de casa pode ficar tranquila", pois o Poder Executivo não deixará que\n os preços subam. "Estamos vigiando a inflação e ela não será obstáculo\n para a nossa trajetória de crescimento", afirmou. "O impacto do\n câmbio na inflação ainda é pequeno. Mas vamos seguir observando",\n destacou. \n \n "Não\n sei se o câmbio terá ou não impacto na Selic. Só o Banco Central pode\n responder", disse, depois de ter sido perguntado se a desvalorização do\n real ante o dólar influenciará os passos das decisões do Comitê de Política\n Monetária (Copom), que terá a reunião de agosto concluída nesta quarta-feira,\n 28. \n \n Para\n combater a inflação, o ministro destacou que o Executivo tem um amplo leque de\n medidas que podem ser adotadas. Por hipótese, Mantega citou redução de tarifas\n de importação e desonerações de setores produtivos a fim anular eventuais\n aumentos de custos com o fortalecimento do dólar ante o real.\n \n \n
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