Economia
26/09/2013 06:51:18
Pedágio na BR-050 é 6º mais barato entre rodovias federais concedidas
BR-050 foi arremata com proposta de pedágio de R$ 0,04534 por km. Rodovia Fernão Dias tem tarifa por KM mais barata entre rodovias federais.
G1/PCS
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\n \n O trecho da BR-050\n entre Goiás e Minas Gerais, arrematado pelo consórcio Planalto no leilão da\n semana passada, seria hoje a 6ª rodovia federal mais barata para se rodar entre\n as 14 que estão sob concessão, aponta levantamento da Agência Nacional de\n Transportes Terrestres (ANTT) feito a pedido do G1.
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\n Para ganhar a concessão do trecho de 436,6 quilômetros entre as cidades de\n Cristalina (GO) e Delta (na divisa entre MG e SP), o consórcio Planalto propôs\n cobrar dos motoristas pedágio de R$ 0,04534 por quilômetro ou R$ 4,53 a cada\n 100 quilômetros , valor 42,38% menor que o teto da tarifa fixado pelo governo,\n que era de R$ 0,0787 por quilômetro (R$ 7,87 a cada 100 km). \n \n O G1 pediu à ANTT que calculasse o valor médio\n do pedágio por quilômetro nos 14 trechos de estradas federais sob concessão. De\n acordo com o levantamento, a rodovia Fernão Dias, ligação entre Belo Horizonte\n e São Paulo, tem hoje a tarifa mais barata: R$ 0,02 por quilômetro (R$ 2,00 a\n cada 100 km), menos da metade do lance oferecido para a BR-050.
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\n Também são mais em conta as tarifas cobradas nos seguintes trechos: entre a BR-376,\n no Paraná, e BR-101, em Santa Catarina (R$ 0,022 por quilômetro ou R$ 2,20 a\n cada 100 km); entre BR-116 e BR-324, na Bahia (R$ 0,028 ou R$ 2,80); BR-116,\n entre São Paulo e Curitiba (R$ 0,03 ou R$ 3,00); BR-116, entre Curitiba e a\n divisa SC-RS (R$ 0,04 ou R$ 4,00) e BR-153, em São Paulo (R$ 0,04 ou R$ 4,00).
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\n A cobrança de pedágio na BR-050 só vai começar depois que a Planalto concluir\n 10% das obras de duplicação. No dia 18, logo após o leilão, representantes do\n consórcio disseram que isso deve acontecer já em 2014. Até lá, o valor da\n tarifa na rodovia deve ficar um pouco mais caro que os R$ 0,04534, já que será\n corrigida pela inflação do período.
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\n Pedágio menor
\n Os trechos com tarifa mais em conta que a prevista para a BR-050 fizeram parte\n da segunda etapa de leilões de rodovias federais, que aconteceram entre 2007 e\n 2009, durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Eles\n inauguraram o modelo que substituiu o critério de maior valor de outorga (preço\n pago pelo direito de explorar uma concessão) pelo de menor pedágio, para\n definir o vencedor do leilão. No leilão de 2007 que entregou à iniciativa\n privada 7 trechos, num total de 2.600 quilômetros de rodovias federais, a\n grande vencedora foi a espanhola OHL, que arrematou 5 lotes e surpreendeu tanto\n o governo quanto o mercado com propostas de pedágio muito abaixo do teto fixado\n o deságio chegou a 65,43%.
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\n O resultado foi comemorado pelo governo petista e é usado até hoje para\n criticar o modelo de maior valor de outorga utilizado pelos rivais do PSDB, no\n governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e no governo de São Paulo,\n que resultou em pedágios mais caros.
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\n Entretanto, concessionárias como a OHL hoje Arteris enfrentam dificuldades\n para tocar as obras exigidas, por conta da baixa arrecadação proporcionada pelo\n pedágio barato e pela demora na emissão de licenças. O resultado é que, apesar\n de terem tarifas mais em conta, essas rodovias estão com a duplicação e obras\n de melhoria atrasadas.
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\n Para tentar reverter a situação, neste ano a Agência Nacional de Transportes\n Terrestres (ANTT) fechou com as concessionárias um cronograma para recuperar as\n obras em atraso. A pena pelo descumprimento desse novo cronograma será a\n redução do valor dos pedágios.\n \n Leilão da BR-050
\n O consórcio Planalto foi o vencedor do leilão do trecho da BR-050 entre Goiás e\n Minas Gerais, realizado no dia 18 de setembro, ao propor a menor tarifa de\n pedágio (deságio de 42,38%) entre as oito empresas na disputa.
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\n Estreante em leilões de rodovias, o consórcio Planalto é formado pelas empresas\n Senpar, Construtora estrutural, Construtora Kamilos, Ellenco Construções,\n Engenharia e Comércio Bandeirantes, Greca Distribuidora de Asfaltos, Maqterra\n Transportes e Terraplenagem, TCL Tecnologia e Construções e Vale do Rio Novo\n Engenharia e Construções.
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\n O grupo venceu concorrentes de peso como CCR, Ecorodovias, Arteris, Triunfo,\n Odebrecht e Queiroz Galvão.
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\n Do trecho total de 436,6 quilômetros de concessão, o consórcio Planalto será\n responsável pela duplicação, em prazo máximo de 5 anos, de 218,5 quilômetros \n o restante já foi ou está sendo duplicado pelo Departamento Nacional de\n Infraestrutura de Transportes (Dnit). Ao longo de toda a rodovia, serão\n construídas seis praças de pedágio. Considerado o valor da proposta do\n consórcio Planalto, o valor máximo do pedágio na estrada seria de R$ 4,20. A\n cobrança só vai começar depois que a empresa concluir 10% das obras de\n duplicação o equivalente, portanto a 21,8 quilômetros.
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\n A previsão é que, ao longo de 30 anos de concessão, a BR-050 receba R$ 3,03\n bilhões em investimentos, incluindo obras como a duplicação da rodovia e sua\n manutenção, construção de novas pistas, implantação de vias marginais,\n viadutos, passagens inferiores, passarelas, correções de traçado e melhorias em\n acessos a cidades, implantação de sistemas de vigilância e de socorro médico e\n mecânico de motoristas.
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\n Pacote de logística
\n O leilão da BR-050 foi o primeiro de uma série que, nos próximos meses, deve\n entregar para controle da iniciativa privada um total de 7,5 mil quilômetros de\n rodovias e mais de 10 mil quilômetros de ferrovias.
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\n Lançado pelo governo federal em agosto do ano passado, o programa de concessões\n de rodovias e ferrovias integra um pacote de leilões na área de infraestrutura\n estimado em cerca de R$ 500 bilhões em investimentos e que é tido como a\n principal aposta da presidente Dilma Rousseff para acelerar o crescimento da\n economia e destravar os investimentos em logística e transportes.
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\n Junto com a BR-050, o governo planejava leiloar o trecho entre Espírito Santo e\n Minas Gerais da BR-262. A rodovia, porém, ficou de fora do leilão porque não\n recebeu proposta de empresa interessada. Esse revés levou o governo a rever\n todo o cronograma de leilão das rodovias. Uma as mudanças já anunciadas é que,\n a partir de agora, apenas um lote será licitado por vez.\n \n \n \n \n
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\n Para ganhar a concessão do trecho de 436,6 quilômetros entre as cidades de\n Cristalina (GO) e Delta (na divisa entre MG e SP), o consórcio Planalto propôs\n cobrar dos motoristas pedágio de R$ 0,04534 por quilômetro ou R$ 4,53 a cada\n 100 quilômetros , valor 42,38% menor que o teto da tarifa fixado pelo governo,\n que era de R$ 0,0787 por quilômetro (R$ 7,87 a cada 100 km). \n \n O G1 pediu à ANTT que calculasse o valor médio\n do pedágio por quilômetro nos 14 trechos de estradas federais sob concessão. De\n acordo com o levantamento, a rodovia Fernão Dias, ligação entre Belo Horizonte\n e São Paulo, tem hoje a tarifa mais barata: R$ 0,02 por quilômetro (R$ 2,00 a\n cada 100 km), menos da metade do lance oferecido para a BR-050.
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\n Também são mais em conta as tarifas cobradas nos seguintes trechos: entre a BR-376,\n no Paraná, e BR-101, em Santa Catarina (R$ 0,022 por quilômetro ou R$ 2,20 a\n cada 100 km); entre BR-116 e BR-324, na Bahia (R$ 0,028 ou R$ 2,80); BR-116,\n entre São Paulo e Curitiba (R$ 0,03 ou R$ 3,00); BR-116, entre Curitiba e a\n divisa SC-RS (R$ 0,04 ou R$ 4,00) e BR-153, em São Paulo (R$ 0,04 ou R$ 4,00).
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\n A cobrança de pedágio na BR-050 só vai começar depois que a Planalto concluir\n 10% das obras de duplicação. No dia 18, logo após o leilão, representantes do\n consórcio disseram que isso deve acontecer já em 2014. Até lá, o valor da\n tarifa na rodovia deve ficar um pouco mais caro que os R$ 0,04534, já que será\n corrigida pela inflação do período.
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\n Pedágio menor
\n Os trechos com tarifa mais em conta que a prevista para a BR-050 fizeram parte\n da segunda etapa de leilões de rodovias federais, que aconteceram entre 2007 e\n 2009, durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Eles\n inauguraram o modelo que substituiu o critério de maior valor de outorga (preço\n pago pelo direito de explorar uma concessão) pelo de menor pedágio, para\n definir o vencedor do leilão. No leilão de 2007 que entregou à iniciativa\n privada 7 trechos, num total de 2.600 quilômetros de rodovias federais, a\n grande vencedora foi a espanhola OHL, que arrematou 5 lotes e surpreendeu tanto\n o governo quanto o mercado com propostas de pedágio muito abaixo do teto fixado\n o deságio chegou a 65,43%.
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\n O resultado foi comemorado pelo governo petista e é usado até hoje para\n criticar o modelo de maior valor de outorga utilizado pelos rivais do PSDB, no\n governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e no governo de São Paulo,\n que resultou em pedágios mais caros.
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\n Entretanto, concessionárias como a OHL hoje Arteris enfrentam dificuldades\n para tocar as obras exigidas, por conta da baixa arrecadação proporcionada pelo\n pedágio barato e pela demora na emissão de licenças. O resultado é que, apesar\n de terem tarifas mais em conta, essas rodovias estão com a duplicação e obras\n de melhoria atrasadas.
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\n Para tentar reverter a situação, neste ano a Agência Nacional de Transportes\n Terrestres (ANTT) fechou com as concessionárias um cronograma para recuperar as\n obras em atraso. A pena pelo descumprimento desse novo cronograma será a\n redução do valor dos pedágios.\n \n Leilão da BR-050
\n O consórcio Planalto foi o vencedor do leilão do trecho da BR-050 entre Goiás e\n Minas Gerais, realizado no dia 18 de setembro, ao propor a menor tarifa de\n pedágio (deságio de 42,38%) entre as oito empresas na disputa.
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\n Estreante em leilões de rodovias, o consórcio Planalto é formado pelas empresas\n Senpar, Construtora estrutural, Construtora Kamilos, Ellenco Construções,\n Engenharia e Comércio Bandeirantes, Greca Distribuidora de Asfaltos, Maqterra\n Transportes e Terraplenagem, TCL Tecnologia e Construções e Vale do Rio Novo\n Engenharia e Construções.
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\n O grupo venceu concorrentes de peso como CCR, Ecorodovias, Arteris, Triunfo,\n Odebrecht e Queiroz Galvão.
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\n Do trecho total de 436,6 quilômetros de concessão, o consórcio Planalto será\n responsável pela duplicação, em prazo máximo de 5 anos, de 218,5 quilômetros \n o restante já foi ou está sendo duplicado pelo Departamento Nacional de\n Infraestrutura de Transportes (Dnit). Ao longo de toda a rodovia, serão\n construídas seis praças de pedágio. Considerado o valor da proposta do\n consórcio Planalto, o valor máximo do pedágio na estrada seria de R$ 4,20. A\n cobrança só vai começar depois que a empresa concluir 10% das obras de\n duplicação o equivalente, portanto a 21,8 quilômetros.
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\n A previsão é que, ao longo de 30 anos de concessão, a BR-050 receba R$ 3,03\n bilhões em investimentos, incluindo obras como a duplicação da rodovia e sua\n manutenção, construção de novas pistas, implantação de vias marginais,\n viadutos, passagens inferiores, passarelas, correções de traçado e melhorias em\n acessos a cidades, implantação de sistemas de vigilância e de socorro médico e\n mecânico de motoristas.
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\n Pacote de logística
\n O leilão da BR-050 foi o primeiro de uma série que, nos próximos meses, deve\n entregar para controle da iniciativa privada um total de 7,5 mil quilômetros de\n rodovias e mais de 10 mil quilômetros de ferrovias.
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\n Lançado pelo governo federal em agosto do ano passado, o programa de concessões\n de rodovias e ferrovias integra um pacote de leilões na área de infraestrutura\n estimado em cerca de R$ 500 bilhões em investimentos e que é tido como a\n principal aposta da presidente Dilma Rousseff para acelerar o crescimento da\n economia e destravar os investimentos em logística e transportes.
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\n Junto com a BR-050, o governo planejava leiloar o trecho entre Espírito Santo e\n Minas Gerais da BR-262. A rodovia, porém, ficou de fora do leilão porque não\n recebeu proposta de empresa interessada. Esse revés levou o governo a rever\n todo o cronograma de leilão das rodovias. Uma as mudanças já anunciadas é que,\n a partir de agora, apenas um lote será licitado por vez.\n \n \n \n \n
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