\n \n A\n conquista pelo Brasil da posição de sexta maior economia do mundo foi efêmera.\n O posto tirado em 2011 do Reino Unido foi perdido novamente no ano passado. \n \n A\n forte desvalorização do real em relação ao dólar (16,7%, ante 3,9% da libra)\n foi a principal causa desse recuo. Embora tenha crescido pouco, o PIB (Produto\n Interno Bruto) do Brasil teve desempenho melhor do que o crescimento de 0,2%\n registrado pela economia do Reino Unido no ano passado. \n \n Segundo\n projeções da consultoria britânica EIU (Economist Intelligence Unit), o PIB\n (Produto Interno Bruto) brasileiro, medido em dólares, só deverá voltar a\n superar o britânico entre 2015 e 2016 (a estimativa considera desvalorização\n adicional do real em relação ao dólar neste ano). \n \n O\n economista Robert Wood, da EIU, esperava crescimento de 3,5% em 2013. Mas deve\n baixar esse número, após a revisão para baixo do resultado do terceiro\n trimestre de 2012 pelo IBGE e a expansão inferior à esperada entre outubro e\n dezembro. \n \n "O\n crucial será o resultado dos investimentos. Houve uma recuperação no quarto\n trimestre, mas foi fraca considerando as quedas anteriores", afirma Wood. \n \n Segundo\n Alex Agostini, economista-chefe da Austin Rating, o Brasil deve crescer 3,7%\n neste ano e recuperar o posto de sexta maior economia em 2014 (supondo taxas de\n câmbio estáveis). \n \n Mas\n esse cenário é considerado improvável pela maior parte dos analistas, que\n aposta em expansão próxima de 3% neste ano. \n \n Neste\n caso, segundo simulações feitas por Agostini, "dá para empatar, mas não\n para superar o Reino Unido no ano que vem". \n \n O\n risco de que o país demore para retomar um ritmo de crescimento vigoroso fará\n com que a convergência da renda per capita brasileira para níveis mais próximos\n da de países desenvolvidos leve mais tempo, mesmo considerando a expansão pífia\n projetada para o mundo rico. \n \n Em\n 2012, a renda per capita medida mais relevante do nível de desenvolvimento do\n que o valor total do PIB brasileira ficou próxima a US$ 11,6 mil, diz a EIU. \n \n O\n número representa pouco mais de 20% da renda per capita americana. Fica atrás\n de países como a Argentina, o Chile e o Uruguai.