G1/PCS
ImprimirO preço médio da gasolina para o consumidor final caiu na semana passada, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (15) pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Trata-se da 1ª queda após 14 semanas consecutivas de aumento nos postos.
O valor médio por litro passou de R$ 4,221 para R$ 4,212 na semana encerrada no dia 10. No acumulado de 2018, o preço médio da gasolina nas bombas acumula alta de 2,75%.
O diesel também terminou a semana em queda, passando de R$ 3,395 para R$ 3,388, ainda segundo a ANP. O valor representa recuo de 0,20% na semana. No ano, o diesel acumula alta de 1,86% do valor médio para o consumidor final.
O preço médio do etanol também cedeu na semana, segundo a ANP. O valor médio por litro caiu 0,06%, de R$ 3,023 para R$ 3,021. No ano, o preço do etanol acumula alta de 3,74%.
Também em queda, o preço do gás de cozinha terminou a semana passando de R$ 67,22 para R$ 67,07. Com isso, o valor do botijão terminou em baixa de 0,2%.
Para levantar os dados, são coletados pela ANP os preços em 459 localidades.
Redução dos preços nas refinarias
Na semana passada, a Petrobras anunciou duas reduções nos preços cobrados nas refinarias. No dia 7, a estatal reduziu o preço em 0,7%, e no dia 8, anunciou um novo corte, de 3%, o maior em 3 meses.
A redução mais acentuada nos preços cobrados pela Petrobras veio em meio a declarações de autoridades de que distribuidoras e revendedores não estão repassando aos consumidores cortes recentes feitos pela estatal nas refinarias.
O governo chegou a solicitar que o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) investigue a existência de cartel nos postos de combustível. "Nós estamos vendo é que os resultados já obtidos quando há queda no preço da Petrobras, essa queda não se reflete nas bombas de gasolina, ou seja, o consumidor não está sendo beneficiado por essa nova política", disse o ministro da Secretaria Geral da Presidência, Moreira Franco.
Na semana passada, o presidente da estatal, Pedro Parente, disse que a alta no preço da gasolina não é culpa da Petrobras. Na quarta-feira (7), a empresa anunciou que passará a divulgar o valor cobrado pelo litro do diesel e gasolina nas refinarias, em uma estratégia que promete mais transparência.
A Petrobras passou a adotar um novo formato na política de ajuste de preços de combustíveis desde 3 de julho. Pela nova metodologia anunciada, os reajustes acontecem com maior frequência, inclusive diariamente.
No acumulado no ano de 2017, o valor médio da gasolina para o consumidor final subiu 9,16%, segundo a ANP. Já o preço do diesel subiu 9,01%. Os aumentos ficaram bem acima da inflação oficial do ano, de 2,95%.