O preço do tomate disparou em Campo Grande e a fruta voltou a ser a vilã da\n cesta básica. O aumento, inclusive, foi o maior registrado entre 18 capitais\n brasileiras, de acordo com levantamento do Dieese (Departamento Intersindical\n de Estatística e Estudo Socioeconômicos). O cidadão sentiu no bolso a elevação\n e, pelo menos por enquanto, está deixando o tomate de fora do carrinho do\n supermercado.\n \n Em fevereiro, segundo o Dieese, a fruta custou, em média, R$ 4,23, 47,9% a\n mais que em janeiro. A alta foi uma das principais causas da variação de 1,22%\n da cesta básica, após queda 4,19% no mês anterior. Por isso, em fevereiro, o\n trabalhador pagou R$ 292,09 pelos 13 itens da cesta contra R$ 288,57, em\n janeiro.\n \n Para piorar a situação, conforme o IPC-CG (Índice de Preços ao Consumidor de\n Campo Grande), a onda de aumento do tomate pegou impulso em março e a fruta\n está custando, em média, R$ 6,84 na Capital, 142% a mais que os R$ 2,82\n registrados em janeiro.\n \n “Nossa, está muito caro mesmo”, disse a farmacêutica Bruna Amaripes, 19\n anos, após se deparar com o preço do tomate em supermercado do Bairro\n Tiradentes. “Para piorar a situação, a fruta está feia”, emendou. “Não dá para\n levar”, concluiu.\n \n Ela contou ainda que a família não compra produtos em momento de alta. “A\n gente opta por frutas e verduras da estação”, ressaltou.\n \n Do mesmo estabelecimento, a manicure Leila de Oliveira, 38 anos, desistiu de\n comprar o tomate e o substituiu pela alface. “Vou voltar em dia de feira para\n ver se o preço abaixa um pouco”, comentou.\n \n A variação, segundo o Dieese, é reflexo de seca registrada em fase de plena\n colheita, nas regiões produtoras do sul e sudeste.\n \n Outros produtos\n \n Além do tomate, aumentaram de preço o café (2,53%) e o leite (0,44%). Por\n outro lado, registraram retração a banana (-18,08%), a batata (-8,56%), o\n feijão (-2,68%), a manteiga (-2,57%), o açúcar (-2,38%), a farinha de trigo\n (-1,69%), a carne (-1,49%), o arroz (-1,36%), o pão francês (-1,07%) e o óleo\n de soja (-0,62%).\n \n \n