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ImprimirA produção de soja em Mato Grosso do Sul deve alcançar 13,35 milhões de toneladas – um acréscimo de 49,4% em relação à safra de 2021/22. Essa também será o recorde estadual da oleaginosa, conforme dados da série histórica da Conab, iniciada em 1977. Os números são do terceiro levantamento da safra de grãos, divulgado pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento). A última safra do grão em MS foi severamente castigada pelas adversidades climáticas.
Ao preço de hoje, de R$ 170,18 a saca de 60 kg, conforme indicadores do Sistema Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul), essa produção de soja significa um faturamento de R$ 37,8 bilhões.
Com 100% da área estimada semeada, Mato Grosso do Sul concluiu no início de dezembro o plantio da soja para safra 22/23.
“Encerramos a operação de semeadura com um pequeno atraso neste ano, porém, temos melhores condições de solo, plantas com maior sanidade e menor ocorrência de insetos e doenças. Os produtores estão cada vez mais preocupados com técnicas de manejo assertivas e sustentáveis e isso tem se mostrado a campo. Até o momento, as condições das lavouras estão favoráveis para uma safra de bons resultados em nosso Estado”, destacou o presidente da Aprosoja/MS, André Dobashi, em reportagem publicada no portal da entidade.
No cenário estadual, as lavouras apresentam boas condições em 97% das áreas e condições regulares em 3%. A região sul, composta pelos municípios de Itaporã, Douradina, Dourados, Deodápolis, Angélica, Ivinhema, Glória de Dourados, Fátima do Sul, Vicentina, Caarapó e Juti é a que apresenta maior desenvolvimento fenológico da cultura, com plantas que chegam ao estádio R4, indicado pelo completo desenvolvimento da vagem e apresenta os mesmos indicativos estaduais quanto as condições das áreas.
Mercado
A comercialização futura dos grãos permanece em 20%, ao preço médio de R$ 156,41. Já as vendas da safra anterior, atingiram 94,60% ao preço médio de R$ 169,08, segundo a Aprosoja-MS.
Números locais destoam
A área plantada de soja, pelos números da Aprosoja-MS, é maior em Mato Grosso do Sul que os números apresentados pela Conab, mas é uma questão de método de pesquisa. A produtividade projetada do grão, pela Aprosoja, que estima pelos números dos últimos cinco anos, é menor em MS. Consequentemente, há diferenças também na estimativa de produção total.