Economia
25/01/2013 06:55:26
Promessa do governo para energia depende de usinas atrasadas
O governo federal utilizou o artifício de incluir usinas hidrelétricas, termelétricas e eólicas atrasadas para turbinar uma promessa de expansão recorde em 2013.
Folha/PCS
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\n \n O governo federal utilizou o artifício de incluir usinas hidrelétricas,\n termelétricas e eólicas atrasadas para turbinar uma promessa de expansão\n recorde em 2013. \n \n Em pronunciamento anteontem em cadeia de rádio e TV, a presidente Dilma\n Rousseff disse que o país vive uma situação singular: mesmo com a forte redução\n da tarifa de energia elétrica, haverá uma expansão de 7% do parque gerador. \n \n Levantamento da Folha indica,\n entretanto, que, dos novos 8.722 MW (megawatts) esperados até dezembro, 2.475\n MW se referem a empreendimentos que já deveriam estar operando há, pelo menos,\n um ano. Estão na lista de atrasos térmicas da MPX -do grupo EBX, de Eike\n Batista-, projetos hidrelétricos -como as usinas de Simplício e Batalha- e 33\n dos 67 projetos eólicos esperados para 2013. \n \n "Isso [atraso] não importa", disse Maurício Tolmasquim, presidente\n da EPE (Empresa de Pesquisa Energética), sobre a inclusão de obras atrasadas no\n cálculo de expansão recorde neste ano. \n \n "O que importa é que o país terá neste ano um recorde de novas usinas\n instaladas e isso dará maior segurança energética ao país", disse. \n \n Para o diretor da Andrade amp; Canellas, João Carlos Mello, especialista em\n projetos de geração de energia, o governo precisará ter garantia dos\n empreendedores de que as obras atrasadas, de fato, irão operar. Assim como\n houve atrasos nos anos anteriores, pode ocorrer neste ano. \n \n "Se o governo tiver garantia de que os projetos atrasados entrarão em\n operação, pode conseguir a expansão que anunciou", diz Mello. \n \n Com os 8.722 MW previstos, equivalentes a uma Tucuruí, a base instalada pode\n passar dos atuais 121,1 mil MW para 129,8 mil MW. \n \n Em uma década, o Brasil incorporou ao sistema elétrico nacional capacidade\n média de 4.000 MW por ano, menos da metade do previsto para 2013. \n \n Boa parte dos atrasos é atribuída ainda ao rito de licenciamento ambiental. \n \n Maior \n \n A expansão prometida pela presidente Dilma ainda está aquém do que deveria\n entrar em operação neste ano, segundo a lista de projetos contratados e\n autorizados pela Aneel, agência reguladora do setor. Segundo apurou a Folha,\n se todos os projetos prometidos para 2013 fossem concluídos, o país agregaria\n 10.356 MW ao parque gerador e alcançaria a capacidade instalada total de 131,4\n mil MW.\n \n \n
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