Domingo, 20 de Abril de 2025
Economia
12/05/2012 10:31:55
Queda dos juros ainda não refletiu no crédito para automóveis, segundo Anfavea
De janeiro a abril houve retração de 3,4% nas vendas e os pátios das montadoras e das revendas contavam 366,5 mil carros no último dia de abril.

Agência Brasil/PCS

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\n \n A queda dos juros bancários para o financiamento de carros não\n trouxe nenhum reflexo às vendas do setor , pelo menos até o final de abril, de\n acordo com comunicado da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos\n Automotores (Anfavea), tanto que as vendas de automóveis caíram 13,82% no mês\n passado, em relação a março, e 12,27% comparado a abril de 2011. A queda de\n juros também não refletiu em uma maior flexibilidade na concessão de crédito\n bancário para o financiamento de veículos.\n \n De janeiro a abril houve retração de 3,4% nas vendas e os pátios\n das montadoras e das revendas contavam 366,5 mil carros no último dia de abril.\n Reflexo da rigidez bancária na concessão de crédito, o que deprime o nível de\n compras, segundo a Anfavea. Principalmente quando se considera que\n aproximadamente 60% das vendas de automóveis são realizadas mediante\n financiamento, acrescenta o comunicado.\n \n Parte da redução de crédito pode ser atribuída ao aumento da\n inadimplência, o que deixa os bancos mais cautelosos, segundo o presidente da\n Serasa Experian, Ricardo Loureiro. Ele diz que muita gente se empolgou com a\n oferta recente de crédito e perdeu o controle dos gastos e grande quantidade de\n consumidores já atingiu o limite.\n \n Pelos seus cálculos, os brasileiros apresentam hoje um\n comprometimento de renda de 22% – bem acima, por exemplo, dos 16% dos\n americanos, o que significa que o crédito está mais barato, mas quem gastou\n mais do que devia não pode agora se beneficiar. Estatística da Serasa revela\n que 90 milhões de brasileiros foram consultados, em 2011, para a realização de\n 350 milhões de negócios e 22,4 milhões de pessoas entraram na base de\n inadimplentes.\n \n Isso explica em parte a constatação do presidente do Banco\n Central, Alexandre Tombini, de que o crédito no país tem crescido em ritmo mais\n lento do que o esperado. Em seminário esta semana, no Rio de Janeiro, sobre\n metas de inflação, ele manifestou que as instituições estão “excessivamente\n severas” no processo de concessão de crédito, mas confia em que a melhoria do\n cenário econômico, a partir de agora, possibilite uma evolução do crédito,\n neste ano, em torno de 15%.\n \n Sobre as preocupações do setor automobilístico, especificamente,\n Tombini enfatizou que a concessão de crédito para financiamento de veículos\n deve voltar a crescer no futuro, uma vez que a inadimplência, que tem limitado\n o crédito para vendas do setor, tende a se estabilizar com o maior crescimento\n da economia, no meio do ano, e recuar nos meses seguintes. Ele até usou um\n jargão do setor ao dizer que a economia vai “pegar tração” ao longo do ano.
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