Agência Brasil/AB
ImprimirO risco de déficit de energia este ano no Brasil é zero, informou hoje (5), por meio de nota, o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE). Para 2015, o risco é 5% nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, e 0,7% na Região Nordeste. Em outubro, ele era 4,7% e 0,8%, respectivamente. Tendo por base esses números, o comitê avalia que as condições do Sistema Interligado Nacional (SIN) mantém-se estável e estruturalmente equilibrado, com sobra estrutural de cerca de 6.600 megawatt (MW) médios para atender a carga prevista.
A nota – a exemplo da divulgada em outubro – diz ainda que, apesar do equilíbrio estrutural do sistema, podem ser necessárias “ações conjunturais específicas”, devido a irregularidades apresentadas nos reservatórios. Assim sendo, acrescenta, há possibilidades de o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) adotar “medidas adicionais àquelas normalmente praticadas, como a estratégia que vem sendo adotada, em 2014, para preservação dos estoques nos principais reservatórios de cabeceira do SIN”, informou, sem detalhar quais seriam essas ações conjunturais ou quais foram as medidas adotadas em 2014.
Segundo o comitê, apesar de as principais bacias hidrográficas do país enfrentarem uma “situação climática desfavorável” – o que resulta em uma baixa nos reservatórios do Sudeste e do Centro-Oeste –, o SIN ainda dispõe de “condições para o abastecimento do país”. Por ser interligado, o sistema permite que o país se beneficie de sua diversidade hidrológica, aliviando o uso – ou, conforme diz a nota, promovendo uma “menor redução”– do nível de armazenamento das regiões Sudeste e Centro-Oeste.
Em outubro a chuva foi acima do normal na metade sul da Região Sul e abaixo do normal nas demais regiões. Com isso as afluências verificadas foram 64% nas regiões Sudeste e Centro-Oeste; 36% no Nordeste; 139% na Região Sul; e 76% na Região Norte.
Ainda segundo a nota, o fenômeno climático El Niño (fenômeno causado pelo aquecimento das águas do Oceano Pacífico), que apresenta intensidade fraca a moderada, continuará nos próximos meses, tendo como consequência chuvas no Sul em valores normais ou superiores à média histórica.