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Economia
28/07/2013 09:53:00
Shopping valoriza bairro em 46%
A construção de um shopping tem impactos importantes para o seu entorno e pode valorizar significativamente os imóveis da região.

Folha/PCS

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\n \n \n \t A construção de um shopping tem impactos importantes para o seu entorno\n e pode valorizar significativamente os imóveis da região. Segundo \n pesquisa encomendada pela Associação Brasileira de Shopping Centers \n (Abrasce), entre 2007 e 2011, a valorização de imóveis próximos a novos \n centros comerciais foi 46% superior ao restante da cidade, acompanhada \n de um aumento de 82% na arrecadação do IPTU pelos municípios.\n \n \t Os dados foram levantados pela empresa Grupo de Estudos Urbanos, \n especializada nesse setor, em 20 municípios entre 90 mil e 1 milhão de \n habitantes.
\n \t Nos últimos cinco anos, 94 shoppings foram inaugurados no país -31 foram os primeiros em suas cidades.\n \n \t Fazem parte do levantamento os municípios paulistas de Caraguatatuba, \n Cotia, Diadema, Hortolândia, São Vicente, Paulínia e Valinhos.\n \n \t De acordo com dados da Abrasce, São Paulo é o Estado com maior número \n de shoppings no país: são 155 em operação. Apenas Roraima não conta com \n nenhum shopping, entre os Estados brasileiros.\n \n \t No entanto, segundo especialistas, a valorização é relativa e não se \n aplica a todos os casos. A valorização da área depende de outros \n aspectos, como, por exemplo, a localização do empreendimento e a forma \n com que o trânsito no entorno dos shoppings é manejado.\n \n \t "O dado da valorização depende de onde o shopping está, de uma \n estratégia de território. Em alguns casos pode até desvalorizar, quando \n tiver um lugar estritamente residencial, por exemplo, em cidades \n pequenas, em que a população não quer esse movimento de veículos e de \n pessoas", explica Margareth Matiko Uemura, arquiteta e urbanista do \n Instituto Polis.\n \n \t O diretor do departamento de urbanismo da Secretaria Municipal de \n Desenvolvimento Urbano de São Paulo, Kazuo Nakano, aponta que, no geral,\n o empreendimento gera valorização para alguns setores e para outros \n não. "Quando [o shopping] começa a gerar muito tráfego nas ruas do \n entrono, essas ruas passam a ser mais desvalorizadas para moradia, mas \n para comércio passam a ser mais valorizadas", explica.\n \n \t Segundo Nakano, em cidades com maior número de centros comerciais, como\n é o caso de São Paulo, os impactos se diluem um pouco se comparados a \n cidades menores, como as apontadas no estudo.\n \n \t As modificações no trânsito são outro aspecto que, segundo \n especialistas ouvidos pela Folha, demandam cuidado e planejamento, uma \n vez que os shoppings são considerados polos geradores de tráfego.\n \n \t Uemura aponta a necessidade de que ocorram obras para o aumento na \n capacidade das vias no entorno, adequação da sinalização e alargamento \n das ruas próximas aos centros comerciais. Essas obras são exigidas pela \n prefeitura e devem ser executadas pelos empreendimentos.\n \n \t "Se o shopping center leva todas essas vantagens para uma determinada \n cidade, você tinha que ser recebido com tapete vermelho", critica o \n presidente da Abrasce, Luiz Fernando Veiga. "Isso [contrapartidas \n exigidas pelas prefeituras] existe, é fato consumado, a gente tem que \n fazer e faz. Agora, não é correto."\n \n \t O consultor adjunto da Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio \n (Embraesp), Mauro Peixoto, aponta para a importância de integrar os \n shoppings com o transporte público. Segundo ele, os centros comerciais \n integrados ao sistema de trilhos e ao transporte público são uma \n tendência que deve ser observada.\n \n \t Para Uemura, em qualquer cidade um shopping sem ordenamento territorial é um problema. "A discussão do planejamento é a base de tudo. Um shopping ou qualquer \n equipamento urbano não é positivo ou negativo em si. Ele é mais um \n serviço que vai entrar na cidade, e a cidade tem que ter planejamento \n para isso."nbsp;\n \n \n \n \n
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