\n \n O valor da tarifa de energia cobrada em Mato Grosso do Sul deve\n cair entre 3% a 7% a partir de abril. A redução será em cima dos 18,24%\n anunciado pela presidente Dilma Roussef. A informação é do deputado estadual\n Marquinhos Trad (PMDB) que participou, nesta quinta-feira (28), da audiência\n pública referente ao 3º Ciclo de Revisão Tarifária da Enersul. \n \n Marquinhos explicou que a revisão tarifária acontece a cada cinco\n anos. Segundo ele, a medida é uma previsão de contrato. Esta é a terceira\n revisão que a Enersul passa desde a assinatura do contrato em 1997. A vigência\n é de 30 anos. \n \n Único parlamentar no evento, Marquinhos disse que a Aneel (Agência\n Nacional de Energia Elétrica)deve aprovar a redução já que todos os índices que\n estão sendo avaliados tiveram taxas negativas. Então, o aumento (positivo) não\n tem justificativa. Ele frisou que a redução anunciada pelo governo federal não\n influencia em nada nesta revisão. “Ahhh ...Mas, já teve agora 20%. Tem que ter de\n novo”, pontuou. \n \n Ainda segundo ele, a população deve reclamar do mau serviço\n prestado e cobrar melhoria da concessionária. “Falta também a população\n reclamar no Procon, na Defensoria Publica, no Ministério Público”, pontuou. \n \n “Como uma empresa que lucra R$ 150 milhões, fatura R$ 2 bilhões.\n Reduz o número de funcionários, presta um serviço pior, quer aumentar a\n tarifa??”, questionou. \n \n Já o diretor da Aneel, Romeu Rufino, disse que a proposta ainda\n está em discussão. Segundo ele, a primeira proposição prevê uma redução de\n 3,67%. Mas, durante o processo de audiência foram recolhidas muitas\n contribuições que ainda estão sendo avaliadas. “Prematuro fazer qualquer\n especulação sobre o comportamento dessa questão de agora para frente. Várias\n contribuições foram encaminhadas e agora que vamos analisar”, disse sobre o\n índice da redução. \n \n Ele explicou que há uma metodologia e cálculos específicos para\n determinarem a tarifa. “O percentual é uma consequência. Você faz toda uma\n analise de custo, a realidade do mercado, da empresa, o custo da energia, a\n questão dos encargos. E tudo isso resulta em um percentual de aumento ou\n redução da tarifa”, explicou. \n \n Ele ainda lembrou que a lógica do processo tarifário observa uma\n legislação federal, que não é a Aneel que faz essa escolha, e que cada\n concessão tem que se equilibrar. “O conjunto de custo. Ele tem que ser\n autossuficiente para equilibrar a concessão”, disse. \n \n Segundo ele, Mato Grosso do Sul tem uma característica especifica\n que faz a tarifa ser elevada – a baixa densidade. “Tem menos consumidor por\n extensão de rede que uma concessionária que tem uma concentração maior. Isso\n aumenta o custo individual. No rateio do custo fica mais caro”, avaliou. \n \n O\n diretor geral da Enersul disse apenas que o prazo de contribuições técnicas\n termina amanhã. E que a empresa vai encaminhar documento com algumas\n contribuições. “Tenho certeza que a Aneel irá tomar a melhor decisão”,\n finalizou.\n \n \n \n \n