G1/LD
ImprimirO presidente Michel Temer convocou aliados na noite deste domingo (12) para uma reunião em que discutiu estratégias para amenizar o desgaste do governo após terem se tornado públicas informações prestadas pelo ex-executivo da Odebrecht Cláudio Melo Filho em acordo de delação premiada. Segundo aliados, Temer prepara um pacote de medidas para reanimar a economia.
Cláudio Melo citou 51 políticos de 11 partidos que teriam recebido dinheiro da empresa, em forma de caixa dois ou doações registradas na Justiça. Entre eles, estão políticos influentes dentro do governo, como os ministros Eliseu Padilha e Moreira Franco. Segundo o delator, Temer, quando era vice-presidente, chegou a pedir pessoalmente dinheiro para a empreiteira.
Os convocados para a reunião no Palácio do Jaburu, onde mora o presidente, começaram a chegar no fim da tarde de domingo. Primeiro foi o secretário Moreira Franco. Pouco depois chegou o líder do PSD na Câmara, Rogério Rosso (PSD), que levou o sogro junto.
Também estiveram presentes o ministro chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, e o líder do PSDB na Câmara, Antônio Imbassahy, que voltou a ser cotado para assumir a coordenação política do governo.
Na saída, Rogério Rosso disse que o presidente Temer está tranquilo e sereno e que o governo está finalizando o pacote de medidas econômicas para ser divulgado ainda esta semana. São medidas de curtíssimo prazo para incentivar a geração de empregos e a produtividade das empresas.
Segundo Rosso, o Temer garantiu que nada vai fazê-lo perder o foco do ajuste fiscal. O líder do PSD falou também que Temer disse a ele que confia muito nas instituições e na independência dos poderes.
"A prioridade do governo do presidente Temer de fato é o ajuste fiscal, a recuperação da economia, a retomada dos investimentos", afirmou o deputado.
Ainda segundo Rosso, Temer pretende reunir líderes dos partidos na Câmara para falar da importância de aprovar a reforma da Previdência na Comissão de Constituição e Justiça. O presidente deverá concentrar esforços também na aprovação da proposta que limita os gastos públicos no plenário do Senado. A sessão, no Senado, está marcada para esta terça-feira.
Depois da reunião, Temer foi a um jantar na residência oficial do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia. O teve ainda outros deputados da base aliada.