Correio do Estado/LD
ImprimirUma semana após o retorno dos impostos federais sobre os combustíveis, o preço médio da gasolina aumentou 4,54% ao consumidor final em Mato Grosso do Sul.
Conforme pesquisa semanal da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o preço médio aumentou de R$ 4,85 para R$ 5,07, o que corresponde a R$ 0,22 por litro da gasolina.
Ainda com relação à gasolina, o menor preço encontrado é de R$ 4,75, enquanto o maior é de R$ 5,74.
Na semana anterior, antes da volta dos tributos, o preço variava entre R$ 4,35 a R$ 5,74.
Em Campo Grande, o litro da gasolina nas bombas varia de R$ 4,75 a R$ 5,44, com preço médio de R$ 5,05. Na semana anterior, o preço médio era de R$ 4,75, o que indica aumento de 6,32%.
O maior preço é encontrado em Corumbá, onde a gasolina varia de R$ 5,68 a R$ 5,74.
A pesquisa mostra também que o valor cobrado pelo litro do etanol subiu 1,31% em uma semana.
O combustível foi de R$ 3,83 para R$ 3,88, com preço variando entre R$ 3,49 a R$ 4,71 nos postos do Estado.
O presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis, Lubrificantes e Lojas de Conveniência de Mato Grosso do Sul (Sinpetro), Edson Lazarotto, disse o mercado é livre e o preço que chega às bombas depende de vários fatores.
"Depende de muitos fatores, como frete, distância entre as cidades e as bases e também das distribuidoras", disse.
Retomada de impostos
Os impostos federais que incidem sobre os combustíveis foram zerados no ano passado, com vigência até 31 de dezembro de 2022.
Ao assumir a presidência, em janeiro deste ano, Luiz Inácio Lula da Silva renovou a suspensão da tributação por dois meses.
A retomada dos impostos sobre os combustíveis foi retomada na última semana.
No dia 1º de março, a gasolina foi reonerada em R$ 0,47 e o etanol, em R$ 0,02 a título de PIS/Cofins.
A volta dos impostos federais foi anunciada um dia antes de a Petrobras divulgar o maior lucro da história das companhias brasileiras, de R$ 188 bilhões.
Em 2022, a empresa foi beneficiada pela escalada das cotações internacionais do petróleo e vendeu sua cesta de combustíveis por preços recordes.
Na quinta, o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, afirmou que a nova política de preços seguirá atrelada às cotações internacionais, mas sem considerar necessariamente os custos para importação dos produtos.
Prates disse que o modelo atual, que prevê o acompanhamento de um preço de paridade de importação, conhecido como PPI, obriga a empresa a fazer o preço de seus concorrentes, estratégia adotada por gestões anteriores, segundo ele, para beneficiar importadores e abrir o mercado.