\n \n Motivados pela busca de preços mais baratos na internet, os\n consumidores brasileiros fizeram o faturamento do comércio eletrônico nacional\n avançar 24 por cento no primeiro semestre sobre igual período de 2012, chegando\n a 12,74 bilhões de reais. \n \n Segundo dados divulgados nesta quarta-feira pela E-bit, empresa\n especializada em informações sobre o setor, o número de pedidos subiu 20 por\n cento na comparação anual, para 35,54 milhões de pedidos, enquanto o tíquete\n médio cresceu 4 por cento, atingindo 359,49 reais. \n \n O diretor geral da E-bit, Pedro Guasti, afirmou que a deterioração\n do cenário econômico levou os consumidores a adotarem uma postura mais\n cautelosa nas compras, priorizando facilidades de parcelamento e ofertas de\n preços mais baixos, características próprias do comércio online. \n \n Segundo dados divulgados na semana passada pelo Instituto\n Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as vendas totais no varejo\n subiram 3 por cento na primeira metade do ano --oito vezes menos que as compras\n fechadas pela web no mesmo período. \n \n "A internet tem uma dinâmica bastante diferente, pautada pela\n entrada de novos consumidores e a possibilidade de comparar preços",\n afirmou Guasti, acrescentando que as compras online representam 3,5 a 4 por cento das vendas\n de todo o varejo atualmente, podendo chegar a 8 a 10 por cento --percentual\n apresentado nos Estados Unidos-- num prazo de três a sete anos. \n \n O crescimento mostrado no semestre reforça as previsões positivas\n da E-bit para o acumulado do ano, que foram mantidas. A expectativa é que o\n faturamento de 2013 chegue a 28 bilhões de reais, alta de 25 por cento sobre o\n ano passado. \n \n MODA\n \n Pela primeira vez, a categoria de moda e acessórios atingiu a\n liderança de vendas online, com 13,7 por cento dos pedidos do primeiro\n semestre, tomando a liderança dos eletrodomésticos. \n \n Há seis anos, a categoria de moda ocupava a 26a posição do\n ranking. De acordo com Guasti, a forte atuação de grandes varejistas\n eletrônicas, como Netshoes e Dafiti, é relativamente recente, o que ajuda a\n explicar a ascensão deste segmento. \n \n O diretor geral da E-bit completou que apesar de a internet contar\n com milhares de vendedores, muitos deles de pequeno porte, cerca de 50 grandes\n lojas respondem por 80 por cento do faturamento total. \n \n A categoria de eletrodomésticos foi a segunda mais vendida de\n janeiro a junho, com uma participação de 12,3 por cento nos pedidos, seguida\n por cosméticos, perfumaria, cuidados pessoais e saúde (12,2 por cento),\n informática (9 por cento) e livros, assinaturas e revistas (8,9 por cento). \n \n \n \n \n