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Educação
10/01/2018 10:45:00
Aprovado em Harvard, ex-aluno de instituto federal quer usar ciência para melhorar qualidade de vida

G1/LD

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Pedro Xavier Paulino nasceu nos Estados Unidos porque os pais brasileiros trabalhavam lá. Chegou ao Brasil quando tinha um ano, e foi morar em Poços de Caldas, no sul de Minas Gerais. Aos 14 anos, se mudou para o Rio de Janeiro para fazer o ensino médio no Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (Cefet-Rio), uma instituição pública. Agora, aos 18, se prepara para voltar ao seu país de origem: foi aprovado na Universidade Harvard, em Massachusetts, no Estados Unidos, uma das mais prestigiadas do mundo.

Em Harvard, Pedro quer estudar matemática aplicada e economia. No modelo americano de ensino é possível mesclar mais de uma área de conhecimento.

O estudante se apaixonou pelas ciências ao longo da vida escolar na educação básica e diz que no Cefet encontrou incentivo e infraestrutura para desenvolvê-la. Lá, ele cursou o ensino médio técnico em mecânica.

“No Cefet eu encontrei uma estrutura de pesquisa muito maior, professores com doutorado. Lá, você consegue desenvolver atividades relevantes porque há estrutura e incentivo. O Cefet me ajudou bastante nisso”, diz.

Pedro também participou de olimpíadas científicas na área de humanas e exatas e conquistou premiações, entre elas, a medalha de ouro na Olimpíada Quanta, em 2016, na Índia, uma disputa internacional de ciências, matemática, habilidades mentais e eletrônica. Outra atividade extracurricular, muito bem vistas pelos avaliadores, apontada na candidatura foi a participação em programas internacionais da Organização das Nações Unidas (ONU). Em uma delas foi convidado para ir até a sede da ONU, em Nova Iorque, no ano passado.

No futuro, o estudante quer trabalhar com empreendedorismo aliando áreas como ciência, finança e tecnologia. Ainda não sabe se no Brasil ou nos Estados Unidos, mas acredita que a ciência vá nortear sua carreira.

“A ciência é um caminho eficiente para melhorar a qualidade de vida. O impacto que ela pode gerar na vida das pessoas me fascina bastante. Em uma área de pesquisa como energia, por exemplo, você consegue melhorar um país inteiro.”

Candidatura antecipada

Pedro está na turma que começa a estudar em Harvard no segundo semestre de 2018 e se forma em 2022. O brasileiro optou pelo “early action”, uma espécie de seleção antecipada cujo os resultados saem até dezembro do mês da aplicação. Pelo calendário regular, os resultados são divulgados sempre entre os meses de março e abril.

O Brasil está entre os dez países que mais enviam alunos para o ensino superior nos Estados Unidos, segundo o relatório Open Doors, do Instituto de Educação Internacional (IIE).

Segundo o IIE, no ano letivo de 2014-2015 os Estados Unidos registraram 23.675 brasileiros matriculados no ensino superior americano. No ano letivo anterior, o número era de 13.286. Os brasileiros atualmente representam 2,4% do total de estudantes estrangeiros nos EUA.

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