\n \n \t O Ministério da Educação (MEC) informou hoje (16) que a partir deste \n ano todos os participantes do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) \n terão acesso à correção da prova de redação, em cumprimento a um acordo \n firmado com o Ministério Público Federal (MPF) no ano passado.\n \n \t As explicações serão encaminhas à Justiça em resposta a ações do MPF no\n Ceará e da Defensoria Pública do Rio de Janeiro que solicitaram que \n todos os estudantes inscritos no último Enem pudessem ter acesso às \n redações.\n \n \t O edital do Enem não prevê a possibilidade de recurso, por isso muitos \n estudantes recorreram à Justiça para ter acesso à prova e tentar alterar\n a nota obtida. De acordo com o MEC, foram recebidos 122 pedidos \n judiciais de vista da prova da redação e todos foram atendidos. Desse \n total, 79 resultaram em pedidos de revisão das notas, mas apenas em dois\n casos houve alteração da pontuação por determinação da Justiça.\n \n \t Entre os esclarecimentos que o ministério irá prestar à Justiça \n Federal, por meio da Advocacia-Geral da União (AGU), está o de que até o\n ano passado não havia uma ferramenta digital disponível para a consulta\n dos 4 milhões de participantes às folhas de resposta que trazem a \n correção da redação.\n \n \t Segundo o MEC, a tecnologia utilizada nas inscrições do Enem e do \n Sistema de Seleção Unificada (Sisu), que não apresentaram problemas \n neste ano, permitirá que o procedimento seja adotado a partir deste ano.\n O pedido de vista, entretanto, não garante que o participante poderá \n recorrer da nota alcançada.\n \n \t Sobre as 129 provas que apresentaram "erro material" na sua correção, o\n MEC informou por meio de sua assessoria de imprensa que todas as \n eventuais alterações foram comunicadas aos candidatos. De acordo com o \n ministério, essas provas apresentaram problemas de inconsistência nos \n dados que incluem rasuras no código de barra que faz a identificação do \n candidato, número de documento impressos errados e casos de homônimos \n (estudantes com o mesmo nome).\n \n \t Segundo o MEC, a identificação desses casos e alteração de notas é uma \n providência de rotina. Em um dos casos, por exemplo, o número da \n identidade de um aluno de Minas Gerais estava incorreto e por isso a \n prova dele não foi localizada. O entendimento era de que ele não tinha \n comparecido à prova e, portanto, a nota atribuída foi zero. Mas, depois \n que o estudante entrou em contato com o ministério para comunicar do \n erro, a prova foi localizada e a pontuação corrigida.\n \n \n