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ImprimirOs reflexos do corte no orçamento da União para a educação devem surgir nos próximos meses na UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul). A redução de 18% no custeio em relação ao ano passado, totalizando aproximadamente R$ 17,5 milhões, vai impactar não só no corte de gastos para o funcionamento da infraestrutura da instituição, mas também nos auxílios e bolsas de assistência estudantil, programas institucionais voltados para ensino, pesquisa, extensão, inovação e empreendedorismo.
O presidente da Adufms (Associação dos Docentes da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), Marco Aurélio Stefanes, afirma que vários alunos dependem dos R$ 400 de bolsa que recebem e o anúncio do corte deve resultar em evasão.
“Hoje são 20 mil alunos de graduação na UFMS. Pelo menos 5 mil dependem de bolsa de algum determinado tipo. Cerca de 2 mil alunos vão ficar desassistidos. Isso sem contar a pós-graduação. Tememos a evasão que pode começar a acontecer em um mês”, destacou.
Ele relembra que desde 2015 as instituições de ensino passam por situação de contingenciamento. A paralisação das pesquisas científicas é a principal preocupação neste cenário.
Além disso, cursos começam a ser encerrados na UFMS. As graduações de ciências da computação, em Ponta Porã, letras em Três Lagoas e História, em Coxim estão em suspensão. Não são mais realizados vestibulares para novas turmas.
Segundo o reitor, Marcelo Turine, toda a Administração Central da UFMS está trabalhando em prol dos ajustes necessários para garantir que as atividades acadêmicas e científicas contribuem para a formação dos estudantes e para o desenvolvimento da Ciência, Tecnologia e Inovação no Estado de Mato Grosso do Sul e do país.
Sob a liderança da Pró-reitoria de Planejamento, Orçamento e Finanças, todos os contratos e as despesas estão sendo revistos, com o objetivo de priorizar as atividades realmente essenciais. “A administração da UFMS está toda comprometida com a manutenção das atividades que fazem da UFMS uma instituição de excelência, por isso, vamos suspender as despesas que podem ser reduzidas neste momento, até nova avaliação”, explicou. - CREDITO: CAMPO GRANDE NEWS