Educação
19/12/2013 09:00:00
Polícia Federal investiga suposta fraude do Enem 2013 em Minas
A Polícia Federal vai investigar uma quadrilha suspeita de fraudar o Enem 2013 (Exame Nacional do Ensino Médio) na cidade de Barbacena, região central de Minas Gerais.
Folha/PCS
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\n A Polícia Federal vai investigar uma quadrilha suspeita de fraudar o \n Enem 2013 (Exame Nacional do Ensino Médio) na cidade de Barbacena, \n região central de Minas Gerais.\n \n \n \n A investigação foi iniciada pela Polícia Civil de Minas Gerais, mas \n repassada à PF, que é responsável por apurar eventuais fraudes no exame \n organizado pelo governo federal.\n \n \n \n A polícia mineira já havia indiciado 36 pessoas sob suspeita de fraudar \n vestibulares de cursos de medicina em Minas e no Rio de Janeiro, o que \n ajudou a descobrir a fraude no Enem.\n \n \n \n As investigações apontam que um fiscal da prova em Barbacena recebeu R$ \n 10 mil para fornecer à quadrilha cópias do caderno amarelo, logo no \n começo do exame, para garantir a aprovação dos candidatos.\n \n \n \n De posse dos cadernos, o grupo enviava as questões para seus "pilotos" \n --pessoas preparadas para fazer a prova--, que as devolviam para os \n chefes do esquema.\n \n \n \n A segunda etapa da fraude era repassar as respostas, por mensagens SMS \n ou pontos eletrônicos, para os estudantes que realizavam as provas do \n Enem. Eles pagaram entre R$ 70 mil e R$ 100 mil pelas informações.\n \n \n \n Como o gabarito preenchido pelos pilotos era referente apenas às provas \n do caderno amarelo, os estudantes que tinham recebido cadernos de outras\n cores receberam da quadrilha também uma frase que permitia que eles se \n identificassem como portadores do caderno amarelo.\n \n \n \n O Enem exige que essa frase seja escrita pelo estudante na folha de gabarito.\n \n \n \n Para o delegado Fernando José Barbosa Lima, responsável pela apuração na\n Polícia Civil, houve falha dos fiscais na conferência dos gabaritos. Se\n o candidato precisasse marcar a cor da prova na frente do aplicador do \n exame, ele o fazia com uma caneta cuja tinta poderia ser apagada depois.\n Dessa forma, ele escrevia a frase do caderno amarelo posteriormente.\n \n \n \n A PF vai apurar agora a dimensão da fraude no Enem. "Numa análise \n preliminar, tudo indica que foi uma fraude pontual no município de \n Barbacena", disse o delegado da PF Paulo Henrique Barbosa.\n \n \n \n As investigações tentarão apontar quantos estudantes pagaram para obter o\n gabarito. O fiscal que teria vendido o caderno ainda não foi \n identificado.\n \n \n \n Foram repassados para a PF dois cadernos amarelos (referentes aos dois \n dias de exame) apreendidos com José Cláudio de Oliveira, apontado como \n um dos coordenadores da quadrilha, 30 gravações de conversas telefônicas\n entre ele e Quintino Ribeiro Neto, 63, e cópias de mensagens SMS com \n parte dos gabaritos.\n \n \n \n Segundo o delegado, a quadrilha repassou aos candidatos celulares \n preparados com peças plásticas, de forma que não fossem identificados \n por eventuais detectores de metal.\n
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