G1/LD
ImprimirProfessores da rede municipal de ensino de Campo Grande decidiram na manhã desta terça-feira (19) entrar em greve a partir da próxima segunda-feira (25). A paralisação, conforme o Sindicato Campo-Grandense dos Profissionais da Educação Pública (ACP), ocorre em protesto a decisão da prefeitura da cidade de não conceder reajuste para equiparar o salário da categoria no município ao piso nacional, que foi reajustado em janeiro deste ano pelo Ministério da Educação.
Nesta terça-feira (19), os professores suspenderam por um dia as atividades, no que foi chamado de "Dia de Advertência", para cobrar da prefeitura o reajuste de 13,01%, que foi aplicado ao piso nacional pelo Ministério da Educação. Como desdobramento da mobilização foi realizada uma assembleia geral da categoria em que a maioria votou pela paralisação a partir do dia 25.
O presidente da ACP, Geraldo Gonçalves disse ao G1 que a categoria reivindica apenas o cumprimento de um direito. “Queremos a integralização do piso salarial garantido por lei”, ressaltou, completando que a paralisação tem dia para começar, mas não tem prazo para ser encerrada diante do posicionamento da prefeitura.
Atualmente, segundo a ACP, o professor em início de carreira no município ganha R$ 1.697,37 para uma carga horária de 20 horas semanais. Com o reajuste o salário passaria para R$ 1.917,00 para a mesma carga horária. Antes de deflagrarem a greve, a categoria disse que já participou de cinco rodadas de negociação com a prefeitura, sem chegar a um acordo.
De acordo com o presidente da ACP, cerca de 8 mil profissionais atuam na rede municipal de ensino de Campo Grande.
Em nota, a prefeitura da Campo Grande informou ao G1 que: “diante da crise financeira, não concederá reajuste salarial a nenhuma categoria que integra o corpo de servidores municipais. Quanto à greve, a prefeitura ainda não foi comunicada oficialmente”.
Gonçalves ocupou a tribuna da Câmara Municipal nesta terça-feira para defender a categoria e buscar junto à prefeitura a integralização do piso e o reajuste mínimo de 13,01%.