\n \n Em sua primeira edição com o sistema de cotas para alunos de\n escola pública (e recorte de renda e racial), o Sistema de Seleção Unificada\n (Sisu) registrou uma participação de quase metade de candidatos inscritos\n provenientes da rede pública de ensino. Na avaliação do ministro da Educação,\n Aloizio Mercadante, o percentual ainda discrepa do cenário em que apenas 12%\n dos alunos que terminam o ensino médio serem originários de escolas\n particulares. \n \n O total de candidatos ao sistema de cotas é de 864.830 ante aos\n quase 2 milhões inscritos no sistema. "Nós avaliamos que foi um saldo\n extraordinário, que foi um sistema que acabamos de implantar" , afirmou o\n ministro. “(O percentual de alunos provenientes de escolas públicas) Está\n abaixo do que é o peso relativo na rede de ensino que é muito maior do que essa\n participação no Sisu”, ponderou Mercadante. \n \n Neste ano, 12,5% das vagas em universidades federais foram\n obrigatoriamente reservadas a estudantes egressos de escola pública com recorte\n de renda e racial (seguindo o percentual de negros e índios por Estado, de\n acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE). Em\n quatro anos, metade das vagas deverão ser para candidatos cotistas. \n \n No balanço para o Sisu deste ano, 349.904 inscritos eram\n candidatos negros com renda inferior a 1,5 salário mínimo. A variação na nota\n de corte entre candidatos ao sistema de ampla concorrência e ao sistema de\n cotas foi baixa. Para o curso de medicina, a nota mínima exigida foi de 787,56\n para o sistema de ampla concorrência contra 761,67 para o sistema de cotas. “Os\n melhores do setor público são bem melhores do que a média do setor privado.\n Esse resultado não pode levar a nenhuma comemoração (...), mas é um bom\n começo”, disse Mercadante. \n \n Parte dos alunos cotistas receberão a já anunciada bolsa\n permanência para esses alunos. O valor de R$ 400 é uma das formas encontradas\n pelo governo para garantir a permanência dos alunos cotistas de baixa renda nas\n universidades federais com curso de carga horária diária superior a cinco\n horas. A medida está prevista para entrar em vigor em maio deste ano. \n \n \n \n \n