Segunda-Feira, 23 de Dezembro de 2024
Educação
27/05/2015 10:25:00
Vestidos de preto e com faixas nas mãos, estudantes fazem protesto pelas ruas de Coxim
Foto: EMS

Alunos da rede estadual de ensino realizaram uma manifestação na manhã desta quarta-feira (20), pelas ruas de Coxim. Vestidos de preto e com faixas nas mãos, os estudantes cobraram uma solução para o impasse entre o governo do estado e a categoria, além do fim da greve.

A manifestação começou por volta das 7 horas em frente a Escola Estadual Pedro Mendes e seguiu até o Simted (Sindicato Municipal dos Trabalhadores da Educação). Segundo os estudantes, a intenção é unir forças em prol da melhoria na educação e exercer a cidadania, já que os estudantes são os maiores prejudicados com a greve.

Durante o protesto os estudantes entoavam mensagens como “O professor é nosso amigo, mexeu com ele mexeu comigo”, além de “Parou por quê? Porque parou? Abre essa mão governador” e a todo o momento convocavam a população para ir às ruas.

Unindo forças

No Simted, os alunos uniram forças com um grupo de professores que estava no local definindo as estratégias para a greve. A categoria reivindica o pagamento do reajuste de 10,98%, garantido pela Lei Estadual nº 4.464.

Os grevistas se juntaram aos alunos e continuaram o protesto pelas ruas da cidade. Eles seguiram até a Escola Estadual Silvio Ferreira, onde apenas os professores do 6° ao 9° aderiram à paralisação.

Em seguida foram até a Escola Padre Nunes, onde apenas 12 professores paralisaram e os outros 41 seguem com as atividades. O administrativo da escola também não aderiu a greve e segue trabalhando com 100% do efetivo.

Nossa reportagem apurou que somente nas escolas Pedro Mendes Fontoura (exceto EJA) e Viriato Bandeira, a paralização dos professores foi de 100% .

Na Escola Clarice Rondon os professores do período matutino também paralisaram e somente o administrativo segue trabalhando. Ainda não há confirmação sobre a adesão dos professores do período vespertino.

Já na Escola Semírames C.B. da Rocha, a greve é parcial entre alguns professores e profissionais do administrativo.

Reivindicação

Os professores recusaram proposta do governo de receber reajuste de 4,37% em outubro e a integralização do Piso Nacional do Magistério até 2022. Eles querem 100% do piso até 2018.

O Governo do Estado reiterou, em nota à imprensa, que paga o piso nacional para os professores, inclusive, 38,84% acima do valor. Enquanto o piso nacional é de R$ 1.917,78, o Estado repassa R$ 2.662,82. Mas, de acordo a administração estadual, 99,67% dos profissionais têm curso superior e recebem em média R$ 5.561,90 para carga horária de 40 horas semanais.

Segundo a FETEMS (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul), além disso, o governo do Estado anunciou índice zero de reajuste aos administrativos em Educação, que inclui merendeiras, agendes de limpeza, de manutenção, de atividades educacionais, de portaria e de todos os funcionários de escola, que tinham o mês de maio como data base.

Manifestação em frente a Escola Silvio Ferreira (Foto: EMS)
Protestos também seguiram até a Escola Padre Nunes (Foto: EMS)
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