O\n STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) receberá nos próximos \n dias uma denúncia do procurador-geral Paulo Schmitt para julgamento das \n responsabilidades pelos incidentes do jogo entre Atlético-PR e Vasco da \n Gama, no último domingo, em Joinville, pela última rodada do Campeonato \n Brasileiro. Durante a partida, houve briga generalizada entre \n torcedores. Além dos clubes, o árbitro da partida, Ricardo Marques \n Ribeiro, deverá ser responsabilizado pelos incidentes no estádio em \n Santa Catarina. \n De acordo o Regulamento Geral de Competições da CBF (Confederação\n Brasileira de Futebol) é prerrogativa do árbitro suspender uma partida \n por motivos de segurança. O artigo 19 do documento diz que "compete ao \n árbitro escalado para a partida não iniciar as partidas se não forem \n rigorosamente cumpridas as disposições contidas no presente \n regulamento". \n "Vamos analisar a conduta do árbitro no caso. O regulamento diz \n que ele deve suspender caso não haja condições. Pelas imagens que vimos,\n aquela partida não tinha condições de segurança para ser reiniciada", \n afirmou ao UOL Esporte Flávio Zveiter, presidente do STJD. \n Ricardo Marques Ribeiro paralisou a partida aos 16 minutos do \n primeiro tempo, quando os torcedores brigavam nas arquibancadas da arena\n Joinville. Após mais de uma hora, o jogo foi reiniciado pelo juiz. \n "Enviaremos denuncia. A gente está trabalhando nessa linha (de \n responsabilizar o árbitro e os clubes)", afirmou o procuradoria-geral do\n STJD, Paulo Schmitt. \n O julgamento poderá indicar uma suspensão de até um ano para o \n árbitro. Já os dois clubes, podem perder mando de campo e terem que \n pagar multas que vão de R$ 100 a R$ 100 mil. \n Na súmula, Ricardo Marques Ribeiro relatou desconhecer quem iniciou o confronto entre as torcidas durante a partida. \n "Não foi possível perceber quem deu início ao tumulto, uma vez \n que toda a equipe de arbitragem estava concentrada no jogo. A rixa foi \n contida pelo policiamento militar e pela segurança particular do \n estádio, havendo sido necessária explosão de bombas de efeito moral e \n uso de spray de pimenta", escreveu. \n Na mesma súmula, Marques Ribeiro relatou que os torcedores das \n duas equipes ainda atiraram objetos em direção ao gramado no segundo \n tempo. \n Mandante da partida em Joinville, o Atlético-PR contratou \n segurança particular para o duelo. A polícia local não foi deslocada. \n Por se tratar de atividade particular, o jogo deveria ser cuidado por \n segurança particular, entendeu as autoridades locais, havendo apenas \n patrulhamento externo. Foram contratados 100 seguranças para atender \n público de quase 9 mil torcedores. O jogo aconteceu em Santa Catarina \n devido à punição anterior dada ao Atlético-PR por incidentes em jogo.