Se fosse um filme, poderia se chamar: "À espera de um e-mail". O que não dá para definir ainda é se a história entre Chapecoense e Conmebol nas últimas semanas está mais para comédia, drama ou suspense. Uma semana após o anúncio de que os brasileiros perderam os pontos da vitória sobre o Lanús por conta da escalação de Luiz Otávio, a entidade sul-americana ainda não oficializou os motivos que causaram a sanção. Por tabela, o Verdão segue sem ter como entrar com recurso na Câmara de Apelações para recuperar os pontos e, consequentemente, a vaga nas oitavas de final da Libertadores.

A Chapecoense aguarda a argumentação para basear sua tese de defesa. O prazo para tal é de sete dias após a chegada do comunicado, o que acontecerá ainda nesta semana de acordo com a própria Conmebol em resposta à petição dos advogados brasileiros, na terça-feira. O clube citará ainda outros episódios para tentar recuperar os pontos:

• Vamos fazer a defesa baseados nos argumentos que eles enviarem e também fatos novos. Por exemplo, eles pediram o recadastramento dos e-mails de todos os clubes, o que comprova que tinham dúvidas. Será um tribunal com novas pessoas, o que é um ponto positivo, já que o julgamento passa a ser do zero - explicou o advogado Mário Bittencourt, que defende a Chape no caso.

A Câmara de Apelações da Conmebol é totalmente diferente do Comitê Disciplinar, que julgou a Chapecoense em primeira instância. Não há prazo determinando para o veredito final após a apresentação da defesa, mas há um consenso entre as partes de que tudo será definido antes do dia 14 de junho, data do sorteio das fases eliminatórias da Libertadores e da Sul-Americana.

A Conmebol recusou ainda na tarde da última terça-feira o efeito suspensivo requerido pela Chape para a punição. O pedido, entretanto, foi feito há uma semana, com o objetivo de o time entrar em campo contra o Zulia com os sete pontos conquistados em campo até então. Diante da demora na resposta, o resultado passou a ser indiferente no processo.