O Globo/LD
ImprimirA pressão que acompanha o técnico Unai Emery ao longo da temporada se tornou mais intensa depois da elmininação do Paris Saint-Germain da Liga dos Campeões, na terça-feira. Visto sob desconfiança dentro e fora do clube, o comandante parece estar de malas prontas, como informa o jornal francês "L'Équipe".
De acordo com a publicação, o treinador de 46 anos, que disputa sua segunda temporada pelo PSG, já sabia que seu futuro estava relacionado ao desempenho na principal competição do continente. A necessidade de bons resultados na Champions estava, inclusive, registrada em contrato: o vínculo assinado por dois anos previa uma renovação para mais uma temporada em caso de classificação à semifinal do torneio.
Nas duas temporadas sob o comando de Emery, porém, o PSG caiu nas oitavas de final, diante de Barcelona e Real Madrid, respectivamente. Neste ano, o golpe foi mais duro, afinal, os franceses incluíram ao seu plantel o jogador mais caro da história, Neymar, comprado dos catalães por 222 milhões de euros. "Salvo uma improvável reviravolta, o técnico basco, cujo contrato termina em junho, não será mais treinador do PSG na próxima temporada", afirma o "L'Équipe".
Dispensar Emery antes disso, porém, parece improvável. Afinal, tudo vai bem para o Paris Saint-Germain em território doméstico. Na Ligue 1, são 14 pontos de vantagem sobre o vice-líder Monaco. Também pesa a favor do cumprimento do contrato com o técnico o fato de o PSG ainda não ter um substituto definido. O português José Mourinho, o italiano Antonio Conte e até mesmo o algoz Zidane já foram especulados na capital francesa.
CONJUNTO DESFAVORÁVEL
Outro jornal francês, o "Le Parisien", também trata como nula a chance de Emery seguir no comando do time na próxima temporada. Além da frieza dos resultados, o jornal acrescenta os inúmeros problemas de comunicação que envolveram o treinador — por vezes, o espanhol teve dificuldade para estabelecer um bom relacionamento com seus comandados e sofreu com os questionamentos da imprensa.
Também foram citadas pela publicação algumas decisões técnicas (como o fato de Thiago Silva ter ficado no banco de reservas na partida de ida contra o Real Madrid) e falhas táticas (um time vertical e um elenco em permanente concorrência foram chamados de "promessas de político".