A\n reação dos jogadores do Corinthians à invasão ao centro de treinamento \n (CT), ocorrida no sábado, pode causar a saída de atletas do clube. \n A reportagem apurou com jogadores do time que a violência da torcida fez\n com que parte do elenco, entre titulares e reservas, queira deixar o \n Corinthians por medo. \n A invasão dos torcedores ao CT resultou na destruição dos carros do \n zagueiro Paulo André e do auxiliar de preparação física Flávio Grava, \n filho do médico Joaquim Grava. Três celulares, um deles que pertencia ao\n meia Ramírez, e um rádio foram roubados. Uma porta de vidro do local \n foi quebrada. \n O atacante Guerreiro chegou a ser esganado por um dos torcedores. \n Dada a possibilidade de passar novamente por esse tipo de pressão, os jogadores corintianos cogitam seriamente deixar o clube. \n O entendimento de líderes do elenco alvinegro é que a diretoria \n corintiana deveria ter sido mais veemente nas reações após a invasão. \n No sábado, após o acontecimento, os jogadores disseram à direção que não\n queriam jogar contra a Ponte Preta, pois estavam apavorados. \n A vontade do presidente Mário Gobbi e da diretoria era a mesma, o que os\n levou a tentar adiar a partida contra a Ponte Preta, em Campinas. \n Mas por força de contratos assinados com a Federação Paulista e com a TV\n Globo, detentora dos direitos de transmissão, o clube não poderia se \n negar a jogar. \n Essa informação foi passada, ainda no sábado, pela diretoria aos \n jogadores. E os cartolas e os atletas entraram em consenso de que o \n Corinthians deveria ir a campo. \n O presidente Mário Gobbi disse ontem que nenhum atleta manifestou desejo\n de sair do clube. "Nenhum jogador pediu para ir embora. Todos estavam \n abalados emocionalmente. Foi chocante para todos nós."