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ImprimirBoca Juniors e River Plate fazem, nesta terça-feira, o segundo jogo da semifinal da Libertadores - no jogo de ida, no Monumental de Núñez, vitória millonaria por 2 a 0. La Bombonera será o palco do confronto, e é a todo esse clima de pressão e magia do estádio que o Boca tenta se agarrar diante da atual disparidade entre as equipes. Será a mística do palco capaz de parar o River de Marcelo Gallardo desta vez?
A bola rola às 21h30 (de Brasília), com transmissão no Brasil pelo SporTV. Narração de Gustavo Villani, comentários de Lédio Carmona e Ricardinho, e reportagens de Renato Peters e Raphael Sibilla.
O retrospecto do Boca Juniors nos jogos em casa na Libertadores é impressionante. Em toda a história, foram 144 jogos, sendo 99 vitórias, 31 empates e só 14 derrotas. Por isso é que o técnico Gustavo Alfaro, ainda antes do jogo de ida, sentenciou:
- Temos que jogar da maneira que se joga a Copa Libertadores, levando a definição para a Bombonera.
Porém, se olharmos os números com uma lupa, é possível notar que o Boca se tornou nos últimos anos uma equipe "menos imbatível", por assim dizer, em seus domínios. Das 14 derrotas sofridas na Bombonera pela Libertadores até aqui, nove aconteceram neste século. Seis só na última década.
As derrotas do Boca na Bombonera pela Libertadores:
1 em 1963 (Santos)
2 em 1966 (Alianza Lima e Independiente)
2 em 1994 (Cruzeiro e Vélez Sarsfield)
1 em 2001 (Cruz Azul)
1 em 2003 (Paysandu)
1 em 2009 (Defensor)
1 em 2012 (Fluminense)
2 em 2013 (Toluca e Nacional)
1 em 2015 (River Plate)*
1 em 2016 (Independiente del Vale)
1 em 2018 (Palmeiras)
*O fatídico jogo do gás de pimenta foi interrompido com o placar em 0 a 0, mas o Boca foi excluído da competição, e o River, dado como vencedor da partida.
River de Gallardo se sente em casa
Para depôr ainda mais contra a mística da Bombonera, o River Plate de Marcelo Gallardo costuma se dar bem quando vai a La Boca. Das sete vezes em que os comandados de Muñeco jogaram em território xeneize, só perderam uma: 2 a 0 para o Boca Juniors pelo Campeonato Argentino. Ou seja, faz quatro anos que o clube não sabe o que é derrotar seu maior rival em casa.
Nas outras seis ocasiões, o River venceu três e empatou três - o último encontro entre eles na Bombonera foi no empate em 2 a 2 pelo jogo de ida da final da Libertadores do ano passado.
Vivemos o presente, a equipe está focada no presente, na partida de amanhã. Não nos importamos com o que aconteceu no passado - garantiu Gallardo, que, quando perguntado se esse é o Boca "menos poderoso" que já enfrentou, também fugiu de polêmica:
Não, não vou dizer isso. O rival é sempre um rival a respeitar.
As equipes
As duas grandes dúvidas de Gustavo Alfaro no Boca Juniors são Tévez e Ábila: os dois atacantes estão retornando de lesão e podem não estar 100% para a partida. Ainda assim, em um dos últimos treinos antes da partida, o treinador escalou a equipe com sua dupla de ataque titular. Portanto, o time xeneixe deve ter Andrada, Buffarini, Lisandro López, Mas, Salvio, Marcone, Almendra, Mac Allister, Tevez e Ábila.
Pelo lado do River Plate, o técnico Marcelo Gallardo nem sequer fez esforço para esconder o time e confirmou na coletiva de imprensa de segunda-feira que vai escalar a mesma equipe do jogo de ida, ou seja, Armani, Pinola, Casco, Martínez, Montiel, Pérez, Nacho Fernández, Palácios, De La Cruz, Suárez e Borré.