Agência Brasil/AB
ImprimirO Brasil conquistou quatro medalhas ontem (11), nos Jogos Pan-americanos de Toronto, no Canadá. Três medalhas vieram do judô e uma da ginástica artística. No momento, os brasileiros ocupam o quinto lugar no quadro geral da competição, que tem os canadenses na liderança, norte-americanos em segundo lugar, mexicanos em terceiro e colombianos em quarto.
A judoca, Érika Miranda, conquistou o ouro, na categoria 52kg, em disputa contra Ecaterina Guica, do Canadá. Érika já havia sido prata no Pan do Rio de Janeiro, em 2007, e no de Guadalajara, no México, em 2011. Felipe Kitadai, da categoria ligeiro masculino, também teve chances de conquistar a medalha de ouro, mas perdeu para o equatoriano Lenin Preciado e ficou com a medalha de prata.
Já Nathália Brígida, convocada para substituir a medalhistas do ouro olímpico Sarah Menezes, conquistou medalha de bronze, vencendo a luta contra Diana Cobos, do Equador, na categoria 48kg. A quarta medalha brasileiro foi de prata e veio da equipe masculina de ginástica artística, com o medalhista olímpico Arthur Zanetti e os ginastas Lucas Bitencourt, Caio Souza, Francisco Júnior e Arthur Mariano.
No sábado, o ministro brasileiro do Esporte, George Hilton, fez um balanço sobre a organização das Olimpíadas de 2016, no Rio de Janeiro, no Centro de Imprensa do parque Pan-americano. A comitiva brasileira é composta pelo presidente do Comitê Olímpico do Brasil, Carlos Nuzman, do presidente interino da Autoridade Pública Olímpica, Marcelo Pedroso, do Secretário de Esporte do Estado do Rio de Janeiro, Marco Antonio Cabral, e do presidente da Empresa Municipal Olímpica, Joaquim Monteiro de Carvalho.
Durante a conferência, o Brasil assegurou aos jornalistas em Toronto que as obras para os jogos no Rio estão dentro do prazo e que os legados do evento para os brasileiros serão mais que os equipamentos esportivos. Joaquim Carvalho, da Empresa Municipal Olímpica enfatizou as obras da Linha 4 do metrô do Rio, que deve agilizar a mobilidade da Zona Oeste para Ipanema, diminuindo a duração do deslocamento entre as duas áreas de duas horas para 15 minutos.
Já o ministro declarou que o legado das Olimpíadas não trará melhorias apenas para comunidades do Rio de Janeiro, mas de todo o Brasil, com a Rede Nacional de Treinamento. Segundo ele, já foram investidos R$ 4 bilhões que permitiram a inauguração do Centro Pan-americano de Judô, em Lauro de Freitas, na Bahia, a Arena Castro de Atletismo de São Bernardo do Campo, o Centro de Excelência em Saltos Ornamentais em Brasília e outros.
“Ou seja, o grande legado que ficará, é que você vai ter, em várias regiões do Brasil, centros de excelência e nas cidades onde você tenha condições de fazer o trabalho de iniciação, nós queremos fazer o trabalho de iniciação ao esporte.”, disse Hilton.
O ministro também garantiu que os contingenciamentos no orçamento do ministério não afetarão a entrega das obras dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos. “Tivemos que fazer uma remodelagem em todo o orçamento do ministério para que não atrasássemos tanto [Complexo Esportivo de] Deodoro como Barra [Cidade dos Esportes]. Então, não haverá atrasos, nós vamos conseguir cumprir [o cronograma]”, afirmou.
Questionado pela imprensa internacional sobre a despoluição da Baía de Guanabara e da Lagoa Rodrigo de Freitas para a realização de provas dos Jogos Olímpicos, o secretário Marco Antônio Cabral lembrou que em 2007, o estado do Rio de Janeiro tinha 11% da rede esgoto tratada na Baía e já passou para mais de 50%. “O governo está fazendo todo esforço para chegar aos 80% de despoluição da baía. Além disso, a Lagoa Rodrigo de Freitas, hoje, está apta para receber as provas.”