O\n zagueiro Paulão, ex-Atlético-MG, foi alvo de racismo durante o clássico\n entre Sevilla e Betis, pela 14ª rodada do Campeonato Espanhol, neste \n domingo. Ele foi expulso aos 41min do primeiro tempo pelo segundo \n amarelo. Enquanto o jogador do Betis deixava o campo, a própria torcida \n do time do brasileiro começou a imitar macaco para ofendê-lo. Ele saiu \n de campo chorando. \n Logo após a saída do zagueiro, o Sevilla, equipe mandante, não \n teve dificuldade para aplicar um 4 a 0 sobre o rival local, último \n colocado no torneio. A vitória no clássico leva a equipe à oitava \n colocação com 19 pontos, apenas um abaixo do Getafe, sexto colocado e \n primeiro time na zona de classificação para a Liga Europa. Já o Bétis \n segue com nove, na lanterna. \n O episódio envolvendo Paulão não é um caso isolado de preconceito\n racial no futebol. Em abril, também em clássico com o Sevilla, a \n torcida do Bétis ofendeu o nigeriano Nosa Igiebor durante o aquecimento \n da equipe. No jogo, o meia marcou um dos gols do empate em 3 a 3. \n No mês passado, o volante Yayá Toure, do Manchester City, escutou\n cânticos e xingamentos contra sua cor de pele, no duelo contra o CSKA, \n pela Liga dos Campeões. A Uefa agiu, fechando parcialmente o estádio do \n clube russo na competição, enquanto o marfinense ameaçou boicotar o \n Mundial de 2018, justamente na Rússia. Balotelli, Kevin-Prince Boateng, \n Daniel Alves, Marcelo e Betão são outros exemplos de jogadores já \n sofreram racismo no futebol europeu. \n Paulão está no Betis desde 2012. Antes, atuou pelo Atlético-MG, América-MG, Gama, Naval, Braga e Saint-Étienne. \n