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ImprimirTite é o plano A da CBF caso Dunga e Gilmar Rinaldi sejam demitidos na terça-feira, quando chegam ao Brasil após eliminação na fase de grupos da Copa América Centenário. E o Plano B? No momento, não há.
Como o GloboEsporte.com revelou nesta segunda, o presidente da confederação, Marco Polo Del Nero, quer ter uma reunião presencial com o técnico e o coordenador de seleções antes de anunciar sua decisão. Dentro da CBF, não sobrou ninguém que defenda a permanência da dupla.
Não é de hoje que o técnico do Corinthians é o preferido da cúpula da entidade para substituir Dunga. Contatos foram feitos em 2015 e em 2016. Nas duas, Tite recusou o convite. Um dos motivos alegados pelo treinador é que não conversaria com a CBF enquanto houvesse um treinador empregado.
Desta vez, Del Nero adota outra estratégia, a de não comunicar oficialmente qualquer decisão e não autorizar qualquer movimento nos bastidores antes do encontro com Dunga e Gilmar Rinaldi na terça. A dupla embarca ainda nesta segunda nos EUA rumo ao Brasil, chega a São Paulo na manhã de terça e em seguida segue para o Rio para o encontro na sede da CBF.
A ausência de respaldo dentro da entidade leva a crer que a demissão de Dunga é inevitável, mas mesmo a pessoas próximas Del Nero se limita a dizer que está "refletindo". Há um consenso sobre o nome de Tite - "é o sonho", nas palavras de quem participa das tomadas de decisão da entidade - mas não há certeza de que desta vez aceitaria o emprego.
Uma reportagem da TV Globo que foi ao ar nesta segunda informou que Tite tem duas exigências para assumir a seleção: a primeira é que o cargo esteja disponível, algo com que a CBF concorda. A outra é montar a comissão técnica, algo que historicamente os técnicos da seleção já fazem.
Outro aspecto que parece consolidado dentro da CBF é que Dunga e Gilmar serão avaliados em conjunto. Assim, é dada como "quase impossível" a demissão de um e a permanência de outro. Ou ficam os dois, ou caem os dois. O que está indefinido é quem vai comandar o Brasil na Olimpíada do Rio.
A eliminação engrossou a lista de maus resultados colhidos por Dunga desde que ele voltou ao banco de reservas da Seleção depois do Mundial de 2014: queda nas quartas de final da Copa América de 2015 e o sexto lugar atual nas eliminatórias sul-americanas para a Copa do Mundo na Rússia, em 2018.
O Brasil deixou a Copa América com apenas quatro pontos em três jogos e só fez gols no Haiti (vitória de 7 a 1 na segunda rodada). Na estreia, o time de Dunga ficou no 0 a 0 com o Equador e depois perdeu para o Peru por 1 a 0 na despedida. A Seleção não era eliminada na primeira fase da Copa América desde 1987.