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ImprimirNão vai surgir de uma hora para outra alguém como Gabriel Jesus, que rapidamente se firmou no profissional, foi vendido ao Manchester City e ganhou a camisa 9 da seleção brasileira. Mas o perfil do atacante que o Palmeiras procura é o mesmo da maior promessa revelada pelo clube nos últimos anos.
Com as saídas de Alecsandro e Rafael Marques, que não vinham sendo (e não seriam) aproveitados, o elenco tem atualmente seis nomes para o ataque. Cinco deles atuam mais pelas beiradas, como pontas: Dudu (que também pode ser armador), Willian, Róger Guedes, Keno e Erik. O único centrovante é Miguel Borja.
A comissão técnica quer um reforço que una as duas características. Que tenha força física para brigar com os zagueiros, como referência – o que faltou no último sábado, na derrota para o São Paulo, no Morumbi –, mas que também tenha mobilidade e consiga jogar fora da área. No ano passado, Gabriel Jesus ajudava na marcação até no campo de defesa e tinha velocidade para voltar ao ataque.
Desde que o desejo por um novo atacante se tornou público, muitos nomes chegaram à diretoria. De Sassá, encostado no Botafogo, a jovens sul-americanos que estão no futebol europeu – como o chileno Ángelo Henríquez, que pertence ao Manchester United, da Inglaterra, e está emprestado ao Dinamo Zagreb, da Croácia.
Ainda não houve unanimidade. A preferência, no entanto, é por um brasileiro (o que facilitaria para uma rápida adaptação) e que esteja apto a ser inscrito no mata-mata da Libertadores. A janela para registro de reforços vindos do exterior se abre em 20 de junho. As três substituições na lista do torneio precisam ser feitas 48 horas antes do primeiro jogo das oitavas de final, que provavelmente será em 5 de julho.
Curiosamente, a contratação de Borja, a mais cara na história do clube até aqui (US$ 10,5 milhões ou R$ 32,5 milhões), tinha como objetivo justamente suprir a saída de Gabriel Jesus. Até o momento, no entanto, o colombiano não fez valer o valor nele investido. A avaliação é de que seu futebol não tem se encaixado ao estilo do time.
Embora tenha bom poder de finalização, Borja contribui pouco à marcação. Não é raro vê-lo em outra rotação na recomposição. Técnica à parte, a comparação com Gabriel Jesus somente nesse quesito já é tida como suficiente para justificar a busca por um 9 mais móvel.