Globo Esporte/LD
ImprimirO Superior Tribunal de Justiça Desportiva do Atletismo (STJD) atendeu a denúncia da Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD) contra o treinador goiano Ronaldo Quirino de Moraes e o suspendeu de forma vitalícia de suas atividades. A informação foi divulgada em um comunicado da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt). Além de emitir a nota de suspensão a Quirino, a CBAt cancelou de imediato o seu registro na entidade.
A decisão foi tomada em função dos depoimentos de Sueli Pereira da Silva e Ronald Moraes, sua esposa e seu filho, nos processos 002/2016 e 003/2016, respectivamente, quando afirmaram que Quirino era quem lhes aplicava a substância eritropoeitina (EPO), proibida pela Agência Mundial Antidoping (Wada) e a Federação Internacional de Atletismo (AAF).
Sueli e Ronald foram suspensos depois de terem sido flagrados com a substância em um exame realizado na Corrida de Reis, no dia 10 de janeiro de 2016. A eritropoeitina permite o aumento da produção de glóbulos vermelhos, favorecendo atletas de provas de resistência, pois o oxigênio aumenta a energia. A maratonista, melhor brasileira da São Silvestre no ano passado, quando terminou em quarto lugar, recebeu a suspensão de quatro anos, a mesma punição do filho.
Em conformidade com as normas em vigor, o treinador foi julgado pela Comissão Disciplina Nacional (CDN) do STJD do atletismo em 24 de outubro deste ano. Nesta data, foi decretada a sua infração nas Regras da IAAF e da WADA, no que diz respeito às sanções da "equipe de apoio do atleta". A suspensão foi confirmada depois de os recursos terem se esgotado.