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ImprimirProtagonistas de uma das maiores rivalidades do futebol mundial e donos de dez títulos da Libertadores, River Plate e Boca Juniors voltam a se enfrentar nesta terça-feira na primeira partida das semifinais da competição continental. O duelo acontece no Monumental de Nuñez e está envolto em um clima de mistério, revanche e (muita) preocupação com segurança. Vejamos...
...Mas antes, um aviso: o Superclássico começa às 21h30 e será transmitido com exclusividade pelo SporTV com narração de Milton Leite e comentários de Muricy Ramalho e Mauricio Noriega. O GloboEsporte.com acompanha em tempo real o confronto que define o adversário de Grêmio ou Flamengo na final em Santiago.
Segurança máxima
Como era esperado, um fortíssimo esquema de segurança foi montado pelas autoridades argentinas para o duelo desta terça-feira. Câmeras com reconhecimento facial, 1.500 agentes, ruas nos arredores fechadas horas antes da partida... Tudo para que não se repitam os incidentes da decisão do ano passado entre os dois arquirrivais. Na ocasião, o ônibus do Boca foi apedrejado no caminho ao Monumental, jogadores ficaram feridos, e a finalíssima foi transferida para Madri – e vencida pelo River Plate.
Revanche e idolatria
Sedento para se vingar da derrota no Bernabéu, o Boca Juniors chega com um elenco completamente diferente do ano passado. A começar pelo banco de reservas: Gustavo Alfaro assumiu o comando do time no lugar de Schelotto e vem com uma mentalidade mais defensiva do que seu antecessor. Sabe que precisa conseguir a revanche sobre o maior rival.
- Quando cheguei, sabia que não seria fácil, comandar um time em que muitos queriam sair. Reconstruir uma realidade depois de um golpe muito duro. Mas estou muito contente e satisfeito com o trabalho que estamos fazendo – disse Gustavo Alfaro.
Pelo lado do River, poucas mudanças e a manutenção de Marcelo Gallardo, que é mais ídolo do que nunca da torcida millonaria. Até uma gigantesca estátua está sendo feita em sua homenagem.
Mistério
Vivendo situações distintas nos dois clubes e com propostas de jogos antagônicas (Gallardo é adepto de um futebol mais ofensivo), ambos treinadores, entretanto, possuem algo em comum: esconder as escalações.
Com muitos jogadores voltando de lesão, entre eles Ábila e Salvio, o técnico Gustavo Alfaro não deu muitas pistas sobre qual será o 11 inicial do Boca no Monumental, deixando para a imprensa especular.
Em menor escala, Marcelo Gallardo faz o mesmo no River, apesar de negar que seja adepto do “mistério”.
- Se nós temos jogadores para jogar, eles jogam, se não, não jogam. Não escondemos. Não faríamos essa besteira de ocultar para o rival pensar algo – observou “Muñeco”, como é apelidado o técnico millonario, que tem dúvidas no ataque (Pratto ou Borré) e na defesa (Pinola ou Paulo Díaz).
As prováveis escalações (e vale frisar o “prováveis”) são as seguintes:
River Plate: Armani; Montiel, Martínez Quarta, Pinola (Díaz) e Casco; Enzo Pérez, Palacios, De la Cruz e Nacho Fernández; Borré (Pratto) e Matías Suárez.
Boca Juniors: Andrada; Weigandt, López, Izquierdoz, Mas (Fabra); Capaldo, Marcone, Reynoso (Salvio), Mac Allister; Zárate, Ábila (Villa).
Campanha na Libertadores
Além de ser o atual campeão, o River Plate chega credenciado por ser o único time invicto na atual edição da Libertadores. Mas uma campanha recheada de empates: sete em dez partidas. O Boca Juniors, por sua vez, teve uma derrota (3 a 0 para o Athletico-PR na fase de grupos). O lado curioso é que, apesar de ser uma equipe mais defensiva, fez mais gols que o River: 16 a 13. Os dois foram vazados seis vezes cada um.