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ImprimirO técnico Luiz Felipe Scolari disse em entrevista coletiva que aprovou a atuação do Palmeiras na vitória por 3 a 0 sobre o Melga-PER, nesta terça-feira, na arena, pela segunda rodada da Copa Libertadores. O treinador também falou sobre o retorno do atacante Deyverson, titular e autor do terceiro gols contra os peruanos.
– O jogo foi bom. A gente colocou em prática a tônica do Palmeiras que foi do ano passado. Em alguns jogos esse ano não fizemos isso, não tivemos essa atitude. Não interessa qual o adversário seja. Se (os jogadores) entenderem que é assim, temos uma equipe qualificada. Se não for, não temos uma equipe qualificada – afirmou Felipão.
O comandante alviverde também comentou sobre a volta de Deyverson à equipe titular. O atacante está suspenso no Campeonato Paulista por ter cuspido em Richard, no clássico contra o Corinthians, e recebeu uma nova oportunidade nesta terça no torneio internacional.
– Todos conhecem o Deyverson. Quando chegamos aqui, ele nem podia andar na rua. Era escorraçado. Ele tem qualidades e virtudes que algumas pessoas reconhecem. A colocação dele em campo foi normal, simples, apenas solicitando que não tivesse uma atitude que nos colocasse em situação errada perante a torcida e aos adversários. Ele é bom jogador se tiver cabeça no lugar... Acho que depois que disse que ficaria aqui ele pensou bastante e resolveu que é assim. É só trabalhar com ele normalmente – disse o técnico.
Felipão analisou ainda as opções para o ataque. Com a suspensão de Deyverson no Paulistão, Borja tem sido titular, mas vem recebendo muitas críticas da torcida por conta dos gols perdidos.
– Falta para o Borja a questão de vibração. Mas não podemos esquecer que o Borja resolveu dois pênaltis, fez dois gols, participou de outras jogadas, quer dizer, errou um ou dois, mas já deu sua contribuição. Os dois são nossos jogadores que, hoje, estão em melhores condições. O Arthur vem se recuperando há um mês. Agora que ele está em melhores condições.
– São dois jogadores que estão inscritos no Paulista e na Libertadores, e que dão alternativas para mim. A gente vai analisando o adversário, analisando com a fisiologia onde teremos algumas dificuldades, e vamos colocando os jogadores em campo. Vamos fazer assim até o fim do ano, vamos trocando. Com a troca todos estão valorizados, jogando e em condições. É questão de ter um grupo qualificado em todos os sentidos – reforçou Felipão.
Veja outros trechos da entrevista de Felipão:
Mais sobre o jogo
– O jogo de hoje foi melhor, mas, se lembrarmos o do Mirassol, foi danado. A gente contribui às vezes, outras dá um pouco mais certo, depende da atitude, da identidade que queremos dar... Hoje foi bom. Essa identidade que temos que continuar procurando. Hoje foi bem, espero que no sábado a gente também possa ir bem.
Marca de 450 jogos pelo Palmeiras
– Eu tenho uma identidade com o Palmeiras. Quando comecei tinha uma identidade grande com o Grêmio, era oponente do Palmeiras em confrontos históricos. Depois que passei a trabalhar aqui passei a ter conhecimento de como agíamos dentro do Palmeiras. Estou muito feliz aqui. Tenho o que eu não tive em outra oportunidade em termos de ajuda para analisar esses dados. Estou satisfeito. Gosto de São Paulo".
É injusto o Dudu ficar fora da Seleção?
– Eu não considero nada, não falo de Seleção, não sou técnico dela.
Felipe Melo deveria ter sido expulso?
– Também não sou árbitro. Não vi o lance de perto, quem viu foi o árbitro. Se ele achou que era amarelo, ok. Quem sabe se eu estivesse do lado do Melgar eu ia brigar e dizer que merece. Achei que foi uma falta forte, mas o amarelo, naquele momento, era o mais correto. Mas não posso dizer, não tenho vídeo e nem ideia. Vocês, com os recursos todos, podem explicar mais que eu.
Dudu sentiu ficar fora da Seleção?
– Pergunte para o Dudu. Convocação é parte do treinador que está lá. Eu tenho que convocar os melhores do meu time. O Dudu tem sido muito bom. Todos os jogos vem tendo uma atuação de razoável para bom. Não posso dizer nada porque não falei com ele sobre isso. Não falo sobre Seleção, não é minha área. Quando eu estava lá ficava "p... da cara" com os caras que se metiam.