O Grêmio recolocou em pauta um dos assuntos considerados mais importantes pela atual gestão para um salto do clube em termos financeiros e também em “autoestima”: a compra da gestão da Arena. Por meio das redes sociais, o presidente Romildo Bolzan revelou que o clube avançou no processo e retomou a negociação com bancos.

De acordo com o presidente, o debate somente pôde ser retomado graças ao encontro de uma “solução” para as obras de entorno do estádio. Desde então, o clube avançou conversas com o Tribunal de Contas do Estado (TCE) e Ministério Público e teve reunião com o governador Eduardo Leite, assim como o prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan.

– Retomamos esse processo, o Grêmio como protagonista da aquisição da operação do estádio. Trocamos informações, reabrimos o debate com os bancos para estabelecer a possibilidade de reestruturar a operação financeira para a aquisição não apenas do estádio, mas também do terreno que garanta os direitos sobre as 3,5 mil vagas de estacionamento. O Grêmio é proativo neste sentido – afirmou.

Romildo ainda lembrou que a compra antecipada da gestão da Arena é uma ideia iniciada pelo ex-presidente Fábio Koff, falecido em maio do ano passado. A partir da compra da operação do estádio, o clube poderá ampliar as receitas com novos planos de sócios e outras formas de arrecadação.

– Neste momento, o Grêmio não dispõe de nenhuma atividade, a não ser o uso do estádio, dos vestiários e paga para que seus sócios tenham garantidos os seus direitos através da cessão onerosa. Quando o Grêmio pensa em comprar a Arena, pensa, em primeiro lugar, por uma questão de autoestima. Uma questão de ser definitivamente possuidor, dono de toda aquela estrutura. Pensa também em fazer planos de sócios, melhorar seu perfil, não compartilhar aquelas rendas com ninguém e pensa também dinamizar e superestimar todos os processos produtivos – explicou Romildo.

Em março de 2017, a direção do Grêmio emitiu nota na qual informou um recuo nas negociações com a construtora OAS e demais partes envolvidas na negociação. À época, o clube viu uma indefinição em relação aos bancos envolvidos no processo.

Recentemente, as autoridades aprovaram todos os projetos, orçamentos e garantias apresentados pela Karagounis, empresa que assumiu a execução das obras do entorno do estádio no lugar da OAS, em processo de recuperação judicial. Foi o sinal para que a direção do clube retomasse as negociações.

No entanto, quando o acordo para a realização das obras obras estava encaminhado, foi suspenso pelo TCE. Por isso, as rodadas de reuniões com o poder público são determinantes para desatar os nós do processo.