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ImprimirEstevâo Petrallás será julgado nesta terça-feira (11) pelo Tribunal de Justiça Desportiva de Mato Grosso do Sul (TJD-MS) por denúncia feita pelo E. C. Comercial, alegando que o presidente interino da Federação de Futebol do estado (FFMS) não pode assumir o cargo por falta de prestação de contas.
O julgamento, que pode tornar Petrallás inelegível, será em formato híbrido, no Plenário Edroim da Câmara Municipal de Campo Grande, às 18h. Conforme o presidente do TJD-MS, Patrick Hernands.
Inicialmente, o juízo seria o quarto do dia, mas foi adiantado pelo presidente. Em caráter de exceção, por se tratar do presidente de uma federação, o processo vai "pular" o 1º grau da Justiça Desportiva, que é a Comissão Disciplinar (CD), e entrará direto no pleno, que é a 2ª instância.
Composto por nove auditores, o pleno contará com sete no julgamento, sendo que a cadeira representante da arbitragem estadual não foi preenchida e o vereador Otávio Trad (PSD) pediu para não participar do julgamento.
"Ele acredita que o voto dele pode ser mal interpretado porque ele é publicamente reconhecido como torcedor do Operário", disse Patrick. Vale lembrar que Petrallás já foi presidente do Operário e, até assumir o cargo de interino, ocupava cadeira ativa do Clube dentro do Conselho Deliberativo. Confira quem são os auditores:
Patrick Hernands Santana Ribeiro – Presidente do TJD-MS e representante da FFMS
Thiago Moraes Marsiglia – Relator do processo e representante da OAB/MS
Marcelo Carriel Honório – Vice-presidente do TJD-MS e representante da OAB/MS
Celina de Mello e Dantas Guimarães – Representante da FFMS
Munir Yusef Jabbar – Representante dos clubes
Valessa Silvério Batista – Representante dos clubes
Leonardo Ros Ortiz – Representante dos atletas
Como será o julgamento?
Passível de nulidade se não comprido, o ritual do julgamento começa com a palavra do presidente do TJD-MS, que declara o processo em pauta. Depois o relator, Thiago Moraes, assume a fala, seguido pelo advogado de acusação, do procurador Adilson Viegas e, por fim, a defesa.
Cada um terá 15 minutos de fala, sendo passíveis de réplica e tréplica em caso de pedidos de ordem.
"Na defesa, se o advogado levantar questões como preliminar de prescrição ou de suspensão, aí eu preciso voltar para o procurador se manifestar", explicou Hernands.
Durante o julgamento os auditores podem questionar o acusado, afim de esclarecer os fatos. Nesse processo, também é possível pedir vistas, afim de ter mais tempo para definir uma posição de voto. O pedido pode ser de 15 minutos até dias, prazo estipulado em conjunto com o presidente do Tribunal.
Os votos são abertos, puxados pelo relator, depois segue com o vice-presidente e então os auditores, começando pelos mais antigos, neste caso a partir de Celina de Mello. O último a votar é o presidente.
Recurso
Após a sentença do TJD-MS, tanto a acusação, neste caso o Esporte Clube Comercial, quanto o acusado, Estevão Petrallás, podem recorrer da decisão, acionando o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD).
Em caso de condenação, segundo Patrick, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) será oficializada, para que tome conhecimento dos fatos.
"Acho que a CBF nem vai tomar medidas imediatas, porque cabe recurso, não transitou em julgado a decisão', adiantou o presidente.
A pedido do TJD-MS, a Confederação afastou Francisco Cezário de Oliveira da presidência da FFMS, no dia 27 de maio, pelo período de 90 dias, nomeando Estevão Petrallas como presidente interino pelo mesmo período.