\n \n Entre os treinamentos de suas equipes em horários diferentes, na\n terça-feira, é pouco provável que Mano Menezes e José Pekermán tenham trocado\n mais que eventuais duas ou três palavras e saudações protocolares. Natural para\n os treinadores de Brasil e Colômbia, que fazem amistoso às 22h30 (de Brasília)\n desta quarta-feira, em Nova Jersey, nos Estados Unidos. Mas em sua nova prova\n de fogo contra uma equipe top 10 do ranking da Fifa, se possível, Mano poderia\n recolher experiências do argentino Pekermán. O duelo, segundo a CBF, é o\n milésimo jogo da história da Seleção. \n \n Em ampla tentativa de renovação desde a última Copa do Mundo, a\n Seleção de Mano superou 100 convocados após a lista divulgada na terça-feira,\n mas encontra enfim uma base de equipe para a Copa das Confederações, em junho.\n Com desfalques de Hulk, Marcelo e Adriano, o treinador manteve a espinha dorsal\n das vitórias mais recentes, contra Iraque e Japão. O espírito do time segue\n jovem, com Oscar e Neymar em papel de destaque. Um cenário muito familiar ao\n agora treinador da Colômbia. \n \n Considerado o mentor de Fernando Redondo para o futebol, Pekermán\n revolucionou o conceito de formação de atletas na Argentina ao pregar\n independência ao treinador da equipe principal e, entre jogadores revelados e\n conquistas, marcou uma época. Foi tricampeão mundial Sub-20 e bicampeão\n sul-americano Sub-20, conquistas que construíram mais de uma geração. Sonhado\n pelos brasileiros, cobiçado pela CBF, o ouro olímpico ficou com os argentinos\n em 2004 e 2008. Façanhas atribuídas ao próprio treinador que hoje faz a\n Colômbia também voar mais alto. \n \n Para também fazer o Brasil sonhar com voos mais altos a partir da\n renovação, Mano inicialmente formou um time jovem, mas suas decisões mais\n recentes mostram que a busca por experiência deve ser intensa até a Copa das\n Confederações. Para enfrentar a Colômbia nesta quarta, deixará Lucas no banco\n mais uma vez e irá utilizar Thiago Neves. Entre os 11 prováveis titulares, só\n Neymar e Oscar têm idade olímpica, e dividem os holofotes com Kaká. Os demais\n medalhistas de prata de Londres perderam espaço. \n \n Também com uma base experiente à disposição, Pekermán conseguiu\n dar nova cara à Colômbia e saltou posições nas Eliminatórias (terceiro) e no\n ranking da Fifa (oitavo). O argentino é elogiado por tornar o time mais técnico\n e ofensivo com um trio que brilha na Europa: Falcao García, do Atlético de\n Madrid, e James Rodríguez e Jackson Martínez, do Porto. "Enfrentar o\n Brasil é saber que corremos perigos e que os erros contra eles se paga\n recolhendo a bola na rede. Queremos que eles se sintam iguais", disse na\n terça. \n \n No elenco brasileiro, o espírito é de respeito pela boa fase da\n Colômbia. Batê-los nesta quarta-feira significaria melhor vitória com base no\n ranking da Fifa, já que os colombianos ocupam o oitavo lugar e a principal\n vitória de Mano Menezes foi contra a Dinamarca, 10ª colocada na ocasião.\n "É necessário a Seleção se aprimorar sem jogos de Eliminatórias e temos\n batido muito nessa tecla. Já temos uma definição maior de filosofia, você passa\n a ter isso mesmo com jogadores diferentes." \n \n Nesse momento, porém, o que Mano mais precisa não é de jogadores\n diferentes. Ele tentará ratificar contra a Colômbia uma equipe base com Diego\n Alves no gol, Daniel Alves e Leandro Castán nas laterais e David Luiz com\n Thiago Silva na defesa, além da dupla de volantes com Paulinho e Ramires. À\n frente, Thiago Neves, Oscar e Kaká com Neymar na posição mais adiantada. \n \n Já a Colômbia deve ir a campo com: Ospina, Gilberto García, Perea,\n Yepes e Armero; Valencia, Ramírez, James Rodríguez e Macnelly Torres; Falcao\n García e Jackson Martínez (Teófico Gutiérrez).\n \n \n \n \n