\n \n Há uma pressão muito grande externa e internamente no São Paulo para que Ney\n Franco seja demitido em caso de eliminação da Libertadores. Pelo menos\n publicamente, a diretoria diz não concordar com isso e assegurou que o\n comandante continua independentemente do resultado desta quarta-feira, contra o\n Atlético-MG. Na véspera da decisão, o treinador usou números de sua passagem\n pelo time do Morumbi para mostrar que os tropeços na principal competição do\n continente foram fatos isolados. \n \n Com um bom segundo turno de Brasileirão\n e o título da Copa Sul-Americana no ano passado e a liderança no Campeonato\n Paulista nesta temporada, o comandante disse que sua demissão não seria justa. \n \n “Essa pergunta não deve ser para mim,\n mas eu creio que não (seria justo). Se a gente continuar, o trabalho e o projeto\n também vão continuar. A pergunta virou para o lado pessoal, então eu uso meus\n números no Brasileiro, o título da Sul-Americana e o atual Paulista como\n defesa. Fomos bem nos três. Estamos mal em uma só. Se avaliarem que a\n Libertadores é tudo isso e que tem de por fim ao projeto, aí acho que pode\n acontecer”, avaliou ele. \n \n “De qualquer jeito, a nossa fala é de\n fechar a temporada. Nós já nos planejamos para viajar ao Japão (Copa Suruga, no\n segundo semestre), sobre a nossa viagem, a nossa parada. Eu não estou\n trabalhando na derrota, por isso, não me preocupa muito o que vai acontecer,\n porque acho que vamos vencer”, completou. \n \n Vale lembrar que uma vitória em cima do\n Atlético-MG não garante a classificação. Isso porque um triunfo em cima do\n único invicto da Libertadores poderia não ter função caso o The Strongest vença\n o Arsenal de Sarandí. Os bolivianos também só podem empatar com os argentinos\n caso o São Paulo vença os mineiros por dois gols de diferença. Há a hipótese da\n vaga ser conquistada no sorteio. \n \n Para isso, o São Paulo precisa vencer exatamente\n por 2 a 1 e que o The Strongest ficasse no 1 a 1 com o Arsenal de Sarandí.\n Neste caso, todos os critérios seriam igualados. O que faz toda essa confusão é\n o número de gol feito fora de casa. O time do Morumbi empataria com o de La Paz\n em todos os critérios que normalmente são usados em competições brasileiras em\n qualquer vitória são-paulina por um gol de diferença e empate na partida da\n Argentina. Com os gols marcados fora de seus domínios, no entanto, os times\n precisam fazer as contas.\n \n Para a partida desta quarta, Ney Franco tem feito\n todo o mistério que lhe cabe. O treinador fechou o acesso para a imprensa aos\n dois treinos que antecederam o jogo, não divulgou a escalação e, nem sequer, a\n convocação para a partida. “Vale tudo nessa hora”, resumiu o comandante.\n \n \n \n \n