Luma Danielle Centurion
ImprimirApesar de a chapa da situação ser eleita no Atlético-MG, em dezembro do ano passado, a mudança no comando do clube foi bastante grande. Sérgio Sette Câmara, atual mandatário, e Lásaro Cândido, vice, trouxeram um discurso novo à cúpula alvinegra, além do estilo de administração, contratações e gestão do futebol, que ficou a cargo de Alexandre Gallo.
No entanto, no primeiro ano de mandato, eles repetem um erro grave cometido pelo ex-presidente Daniel Nepomuceno. Pela terceira vez seguida, o Atlético-MG terá três técnicos em uma mesma temporada. A demissão de Thiago Larghi, no fim da tarde dessa quarta-feira, e o anúncio de Levir Culpi, feito em seguida, faz com que o Atlético-MG tenha seu terceiro técnico em 2018, fato recorrente nos últimos anos.
Em 2016, sob a batuta de Daniel Nepomuceno, o Alvinegro começou o planejamento com o uruguaio Diego Aguirre, tido como uma grande aposta. Coincidentemente, Aguirre chegou depois da saída de Levir, que foi recontratado neste momento.
Porém, após a eliminação da Libertadores, o uruguaio deixou o cargo, e a diretoria do Galo foi atrás Marcelo Oliveira. Sem grande sucesso, o treinador, radicado na base do clube, foi demitido após o time alvinegro perder o primeiro jogo da final da Copa do Brasil para o Grêmio por 3 a 1, dando lugar para Diogo Giacomini, que fechou a temporada.
O filme se repetiu na temporada 2017. Quem começou os trabalhos foi Roger Machado, que foi campeão mineiro, mas acabou caindo após derrota em casa pelo Brasileirão e durante a disputa das oitavas de final da Libertadores. O principal motivo da demissão de Roger Machado foi o desempenho ruim como mandante, que seguiu com o seu substituto, Rogério Micale. Eliminado da Libertadores e com um fraco aproveitamento, Micale ficou no comando do Atlético-MG apenas dois meses e deu lugar para Oswaldo de Oliveira. Vale ressaltar que Diogo Giacomini foi interino entre a saída de Roger Machado e a chegada de Micale.
Oswaldo de Oliveira começou a temporada 2018, mas após a classificação na primeira fase da Copa do Brasil, quando se envolveu em uma discussão com um jornalista, acabou demitido. Thiago Larghi, que era da comissão técnica do antecessor, permaneceu como interiono até junho. Durante a Copa do Mundo, ele foi efetivado, mas acabou demitido quase quatro meses depois.
O último treinador ficar mais de um ano no comando do Atlético-MG foi justamente Levir Culpi, que foi contratado pelo Galo em abril de 2014 e saiu apenas no fim de 2015, quando não teve seu contrato renovado. Nesta quinta passagem como treinador do Alvinegro, Levir acertou contrato até o fim de 2019. Mais cedo, a assessoria do clube confirmou que o técnico será apresentado na Cidade do Galo, na tarde desta quinta-feira. No domingo, o Atlético-MG enfrenta o Fluminense, no Rio de Janeiro, pela 30ª rodada do Brasileirão.