Oficialmente, problemas com a grade de \n programação da TV aberta e o horário de verão tiraram o confronto entre \n Portuguesa e Flamengo em Campo Grande, porém um grupo de empresários \n bancou R$ 500 mil para tirar o confronto do Estádio Morenão e levar até \n Fortaleza (CE).Marcado para o dia 27, e válido pela 31ª rodada do\n Campeonato Brasileiro, o jogo chegou a ser confirmado há duas semanas \n na Capital de Mato Grosso do Sul. Na quinta-feira (17), após vender três\n mil ingressos, a partida foi transferida para a Arena Castelão, segundo\n o empresário da Xaxá Produções, Fabiano Rodrigues, que tentava realizar\n o evento em MS.Segundo informações do blog do jornalista \n esportivo Julio Gomes, do Uol, a Portuguesa, que tem o mando de campo do\n jogo, vai receber R$ 500 mil, além de ter bancados os gastos de viagem,\n para enfrentar o Flamengo em Fortaleza.Além dos R$ 500 mil e os \n gastos de viagem da Portuguesa, os empresários pagarão entre R$ 100 e \n 150 mil para a Arena Castelão. E terão um gasto com a organização do \n evento que vai girar entre R$ 80 e 250 mil, dependendo do público total.\n Se o estádio estiver lotado, com 50 mil pessoas, o investimento seria \n de aproximadamente R$ 900 mil. Os empresários terão lucro se a renda for\n maior do que isso.Curiosamente, o grupo de empresários que tirou\n o jogo de Campo Grande foi o mesmo que promoveu Portuguesa e \n Corinthians na cidade.No jogo de Campo Grande, entre Lusa e \n Corinthians, este mesmo grupo de empresários pagou R$ 750 mil à \n Portuguesa e o jogo teve uma renda de R$ 830425 (o público foi baixo, de\n 12316 pessoas).Renda extra - Com pouco menos de\n quatro mil pessoas por jogo, a Portuguesa tem a pior média entre os \n mandantes do Brasileirão e vem arrecadando pouco. A diretoria adota, \n assim, uma estratégia de jogar diante de sua torcida os outros 17 jogos e\n fazer caixa nos dois duelos contra os clubes mais populares do Brasil. \n Além disso, o prejuízo esportivo não é tão grande assim. Em um jogo \n contra o Corinthians, a torcida lusa seria minoria absoluta no Canindé. \n Contra o Flamengo, o estádio costuma ficar dividido.O dinheiro \n arrecadado com a venda do mando de jogo deverá ser utilizado para pagar \n jogadores e comissão técnica. O clube não está em dia com suas \n obrigações e, no último jogo realizado no Canindé, contra o Goiás, a \n torcida da Portuguesa presente ao estádio entoou cânticos cobrando da \n diretoria o pagamento de salários aos atletas.Até agora, em 13 \n jogos no Canindé, a Portuguesa arrecadou um total de R$ 1096570, só que \n 44% desse valor veio em duas partidas, os clássicos contra São Paulo e \n Santos. A média de renda por jogo, contando os clássicos, é de R$ 84351 \n por partida. Se tirarmos os clássicos da conta, em 11 jogos no Canindé a\n Portuguesa teve uma arrecadação média de R$ 55458. Portanto, jogar \n contra o Flamengo em Fortaleza significa multiplicar os ganhos médios de\n um jogo quase por 10.