Adrián Napolitano diz que nunca causou problemas: "Vou a estádios há 25 anos" (Foto: Reprodução / Facebook)

Responsável por soltar o polêmico gás de pimenta que suspendeu Boca Juniors x River Plate na semana passada, Adrian Napolitano falou publicamente nesta terça-feira após causar toda a confusão que culminou com a eliminação de sua equipe. Em entrevista ao programa “Estudio Fútbol”, da “TyCSports”, El Panadero, como é conhecido o torcedor, tentou se apresentar como um pai de família, sem envolvimentos com problemas.

• Eu vou a estádios há 25 anos e nunca tive um problema. Nunca estive em uma delegacia de polícia. Todos me conhecem, sabem como sou, que gosto de festas, mas nada mais. Quando eu percebi, queria morrer. A verdade é que eu fiz sem me dar conta. Eu tenho família... imagina como está a minha esposa. Eu sou um trabalhador, me levanto às 4 da manhã. Estou desesperado.

Questionado sobre o que o levou a soltar gás de pimenta nos jogadores rivais, Napolitano disse que não imaginou que sua atitude tomaria tamanha proporção.

• Nunca tive a intenção de fazer isso. Pensei que não havia câmeras. Não achei que chegaria tão longe.

Procurador: Nada foi apresentado ainda

Já identificado pela Justiça Argentina, Napolitano ainda não foi convocado pela polícia para prestar esclarecimentos, algo que pode acontecer num futuro próximo. Em entrevista à Rádio “La Red”, o procurador da Unidade Especial de Delitos Esportivos, Daniel Pablovsky, avisou que é caso de polícia, mas não entrou em detalhes.

• Podemos ordenar a sua detenção, como a pessoa também pode se apresentar de maneira voluntária. É a polícia que tem que encontra-lo e ver como resolve. Não posso dar detalhes. No entanto, nada foi apresentado ainda e não tenho maiores informações.

O ato resultou na eliminação dos xeneizes da Libertadores, além de uma suspensão de quatro mandos de campo na Bombonera em competições continentais e multa de US$ 200 mil (cerca de R$ 600 mil). Na internet, Napolitano já é apontado como um dos vilões por parte da torcida. Ele foi acobertado por outras dez pessoas, já identificadas pela Justicia Correcional segundo o diário "Olé".