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ImprimirApesar de colocar a culpa da punição no Caso Sánchez na Conmebol, o Santos demitiu, nesta terça-feira, Felipe Nóbrega, um dos funcionários responsáveis pelo registro de jogadores. A informação foi inicialmente publicada pelo "Yahoo" e confirmada pelo GloboEsporte.com.
Outras pessoas envolvidas no processo de inscrição ou registro dos atletas também podem ser desligadas nos próximos dias. Nos bastidores, o Peixe busca possíveis "culpados" pelo equívoco, que resultou na eliminação do Peixe na Libertadores.
A entidade modificou o resultado da partida de ida, terminada empatada por 0 a 0, e decretou vitória do Independiente por 3 a 0. Nesta terça, no Pacaembu, o Santos não conseguiu furar o bloqueio argentino e o jogo terminou novamente sem ter as redes balançadas.
Antes do duelo no Pacaembu, o presidente José Carlos Peres falou até em "paralisar a Libertadores".
– Vamos direto ao TAS (Tribunal Arbitral do Esporte), direto à Fifa. Já tem três processos contra a Conmebol e agora mais um. Se for possível, paralisar essa competição, porque ela está desmoralizada. A partir do momento que pune um clube que cometeu o mesmo erro, se é que cometeu erro, do River Plate, que depois de oito partidas foi liberado... e o Santos não foi liberado – disse Peres.
Entenda o caso Sánchez
Quando ainda defendia o River Plate, em 2015, Carlos Sánchez foi expulso ao agredir um gandula na semifinal da Copa Sul-Americana contra o Huracán. Em dezembro daquele ano, o jogador uruguaio recebeu uma suspensão de três jogos e multa de US$ 3 mil.
De acordo com o Regulamento Disciplinar da Conmebol, a suspensão por partida teria que ser cumprida no torneio seguinte organizado pela entidade do qual Sánchez participasse, independentemente de ele ter trocado de clube.
Logo após aquela eliminação, Sánchez disputou o Mundial de 2015 (organizado pela Fifa) e trocou o River Plate pelo Monterrey, do México, de onde saiu em julho deste para o Santos. A Libertadores deste ano é o primeiro torneio da Conmebol que ele disputa desde então.
Em 2016, quando completou 100 anos, a Conmebol anunciou uma anistia a clubes e atletas com punições pendentes. Então, Sánchez teve a pena reduzida para um jogo – que deveria ter sido cumprida justamente na última terça, em Independiente x Santos.