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ImprimirA negociação ainda é embrionária, mas o meia Valdivia e a diretoria do São Paulo conversam a respeito de um possível acordo, pois o contrato do chileno com o Palmeiras termina na próxima segunda-feira, dia 17. Uma fonte ligada ao clube do Morumbi revelou que os encontros entre as partes começaram há uma semana.
Na última terça-feira, o jogador foi visto no prédio em que o vice-presidente de futebol tricolor, Ataíde Gil Guerreiro, tem escritório, no bairro de Pinheiros. Valdivia chegou ao local acompanhado do técnico do São Paulo, Juan Carlos Osorio. A conversa durou cerca de 1h30.
Para que a conversa vire negócio, clube e jogador terão de vencer vários obstáculos. O primeiro é um pré-contrato que o gringo assinou com o Al-Wahda, dos Emirados Árabes, após se destacar com a camisa do Chile na Copa América. O clube, inclusive, anunciou o reforço e tentou antecipar a apresentação do jogador, mas não conseguiu, pois o Palmeiras exigiu que o meio-campista cumprisse seu vínculo até o último dia.
Além disso, Valdivia teria de aceitar uma redução salarial para atuar no São Paulo. O clube vive momento financeiro muito delicado, tanto que o presidente Carlos Miguel Aidar estipulou que, a partir de 2016, nenhum jogador ganhará mais do que R$ 300 mil mensais. No alviverde, o atleta ganha um valor superior a esse. E o salário oferecido pelos árabes é bem mais alto.
O assunto que ganhou força neste início de semana provoca muitos comentários dentro do São Paulo. Internamente há manifestações totalmente contrárias à contratação de Valdivia, pelo histórico de polêmicas e pelo custo-benefício duvidoso. Outras aconselham Aidar a não comprar outra briga com o presidente do Palmeiras, Paulo Nobre, com quem se desentendeu na época da contratação de Alan Kardec. Meses depois, outro ex-palmeirense desembarcou no CT da Barra Funda: Wesley, que assinou por três anos.
GloboEsporte.com também entrou em contato com o pai do jogador, Luis Valdivia, que disse não saber de nada em relação ao Tricolor. Ele afirmou apenas que desembarcará em São Paulo nesta quinta-feira, mas a viagem estava anteriormente programada para resolver assuntos pessoais. A assessoria de imprensa do atleta se recusou a falar sobre o assunto.
Na chegada da delegação tricolor a Florianópolis, o goleiro e capitão Rogério Ceni falou sobre o assunto e deixou claro: apesar dos desentendimentos que teve com o jogador, não teria problemas em ser companheiro do chileno.
– É um atleta com muita habilidade, de característica de armação de jogo, parecido com o Ganso. Desconheço qualquer informação, mas é um ótimo jogador. Mostrou isso na campanha chilena campeã da Copa América. Tenho mais três meses de carreira, nunca tive problema de jogar ao lado de qualquer jogador. O importante é que quem venha ao São Paulo seja bom para o clube – disse o camisa 1, em entrevista à ESPN.