Globo Esporte/LD
ImprimirA Teisa (Terceira Estrela Investimento S/A) acionou o Santos na Justiça para cobrar parcelas atrasadas de um acordo assinado em 2016. A empresa, que já foi dona de 5% dos direitos de Neymar, entre outros atletas do clube, pede R$ 5,9 milhões.
O acordo de confissão de dívida, de R$ 10 milhões, previa o pagamento de duas parcelas de R$ 500 mil e outras 24 parcelas de R$ 375 mil.
A Teisa foi criada no início da década, quando Luis Alvaro de Oliveira Ribeiro assumiu o comando do Santos. O nome da empresa é uma referência à busca ao tricampeonato mundial.
Quando foi fundado, o fundo tinha entre seus criadores membros influentes da administração do Santos, como Walter Schalka, José Berenguer, Álvaro de Sousa e Eduardo Vassimon, que também faziam parte do Grupo Guia (Gestão Unificada de Inteligência e Apoio), embrião do que se tornaria o Comitê de Gestão, o colegiado que até hoje dirige o clube.
A relação gerou reclamações por supostos conflitos de interesse.
A Teisa investiu na compra de parte dos direitos econômicos de jogadores, o que ainda era permitido então – teve porcentagens de atletas como Elano, Arouca e Montillo.
O negócio que gerou mais polêmica, porém, foi quando a Teisa comprou 5% dos direitos de Neymar por R$ 3,5 milhões em 2010.
O acordo causou discussão por não ter considerado a multa rescisória de Neymar à época, de 35 milhões de euros – o Santos justificou por ter levado em conta, no cálculo, o valor oferecido pelo Chelsea, de 30 milhões de euros, oferta recusada naquele ano.
A Teisa perdeu relevância após a saída de Luis Alvaro, deixou de investir no clube e trocou de sócios com o passar dos anos.
O Santos ainda não foi notificado da cobrança na Justiça.