Ao\n levantar a taça da Copa do Brasil de 2013 no Maracanã, na última \n quarta-feira, após a vitória por 2 a 0 sobre o Atlético-PR, o Flamengo \n viu um clima de festa, alegria e sintonia entre todas as partes \n envolvidas de um clube até então inimaginável para esta temporada. Mais \n que coroar o trabalho de atletas e comissão técnica, a conquista serviu \n para abafar algumas polêmicas e minimizar erros na gestão do futebol que\n foram reconhecidos até pelo presidente Eduardo Bandeira de Mello. \n "Tenho plena consciência que nem tudo foi só acerto. Tivemos erros, sim,\n e entendemos isso. Mas considero uma situação normal. Foi nosso \n primeiro ano de gestão. E erramos quando estávamos tentando acertar. \n Vamos corrigir tudo isso para que 2014 seja melhor ainda e com outros \n títulos", disse o mandatário do clube. \n Em seu primeiro ano à frente do clube da Gávea, viu os departamentos \n financeiro, jurídico e administrativo serem muito elogiados. No entanto,\n invariavelmente, acompanhava os problemas do carro-chefe de seu \n governos: o departamento de futebol. \n As críticas de todos os lados, inclusive de aliados políticos, vinham \n acompanhadas de um medo. Mais uma vez, todos temiam um ano "perdido", \n sem grandes resultados e com o risco do rebaixamento. E foi assim \n durante quase todo o exercício de 2013. Mas não depois do final de \n setembro. \n Com o time embalado na Copa do Brasil de técnico novo - Jayme de Almeida\n - perto de livrar qualquer risco de queda no Campeonato Brasileiro, a \n situação foi melhorando. Ao mesmo tempo, só um grande título poderia \n evitar a enxurrada de críticas na avaliação do primeiro ano de mandato. E\n ele veio. \n A conquista sobre o Atlético-PR ajudou os rubro-negros a esquecer, pelo \n menos por um momento, as saídas conturbadas de ídolos (Vagner Love, \n Ibson e Renato Abreu), as inúmeras polêmicas com o diretor Paulo Pelaipe\n e os seguidos questionamentos de contratações que nunca vingaram, como \n Carlos Eduardo, Diego Silva, Val, Bruninho e outros. \n "A torcida nunca gosta de saída de ídolos ou corte de investimentos no \n futebol, mas isso era necessário. Infelizmente, encontramos uma situação\n em janeiro que nos obrigou a fazer isso. É complicado dispensar um \n técnico porque ele é muito caro [Dorival Júnior] ou um jogador \n identificado como o Vagner Love, mas tínhamos que fazer", justificou \n Bandeira de Mello. \n Envolvido em quase todos os problemas do futebol e apontado por muitos \n como culpado do então fracasso que se desenhava, o diretor Paulo Pelaipe\n se mostrou tranquilo após o título. Ele, que chegou a ser xingado nas \n arquibancadas do Maracanã pelos torcedores e muito questionado na alta \n cúpula da diretoria, ressaltou que a imagem que fica no fim é da \n conquista. \n "Os problemas aconteceram muitas vezes realmente, mas o importante é que\n conseguimos superar. E os erros sempre ocorrem, mas também estão \n acompanhados de acertos. Fizemos algumas apostas que não foram tão \n corretas, mas outras extremamente boas. E, no final, o que vai ficar \n para a história é este título maravilhoso ao lado desta torcida no \n Maracanã", minimizou o cartola. \n \n E se muita gente não vai esquecer os problemas do futebol em 2013, pelo \n menos o presidente Eduardo Bandeira de Mello deve deixar isso de lado \n por um instante. Com a conquista, o mandatário deverá manter no cargo o \n vice Wallim Vasconcellos e o diretor Paulo Pelaipe. Em vários momentos \n do ano, ambos foram questionados, pressionados e tiveram muito próximos \n da saída, que não deve mais ocorrer. Pelo menos em um primeiro momento. \n Resta agora a dupla de comando do futebol mostrar resultados em 2014 e, \n de certa forma, abafar novamente possíveis críticas para se manter à \n frente do futebol do Flamengo por mais algum tempo.