Globo Esporte/LD
ImprimirA final da Taça Guanabara, entre Flamengo e Fluminense, neste domingo, no Nilton Santos, deve ser com portões fechados. O TJD aceitou, na tarde desta sexta-feira, o pedido dos clubes para que a decisão seja disputada sem torcida. Marcelo Jucá Barros, presidente do Tribunal de Justiça Desportiva do Rio de Janeiro, confirmou a informação. Jogar sem torcida era a hipótese mais aceita pelos clubes no fim desta quinta-feira, conforme o GloboEsporte.com publicou.
Isso, porém, só será levado para a frente caso a liminar que determina torcida única não caia a tempo. Como os rivais não acreditam que isso vá acontecer, já pediram portões fechados ao TJD e foram atendidos.
Representantes do Fluminense, Flamengo e Ferj ainda estão no Fórum do Tribunal de Justiça, desde o início da manhã, para definir detalhes do jogo. Antes, nesta madrugada, tentaram derrubar a liminar, mas o desembargador plantonista, André Ribeiro, analisou o caso apenas nesta manhã e se considerou impedido de julgar o mérito por ser sócio-torcedor.
Com isso, o processo foi encaminhado para para uma câmara cível, composta por três desembargadores, sendo um relator. Este, Gilberto Clovis, analisou com urgência o pedido de liminar para o domingo e tomou a decisão de manter a liminar.
O resultado foi a recusa dos times em abrir as porta. Isso porque ficou definido, também, via Ministério Público, que o Flu, mandante, teria que se responsabilizar e pagar multa de R$ 3 milhões caso o evento cause alguma lesão grave ou morte.
Entenda o caso
No dia 17 de fevereiro, o juiz Guilherme Schiling, do Juizado Especial do Torcedor e dos Grandes Eventos do Rio, determinou que os clássicos realizados no estado seriam com torcida única. Clubes e Federação, após audiência, conseguiram a suspensão da liminar para a semifinal entre Flamengo e Vasco, no sábado. Para a decisão, contudo, as discussões voltaram à tona. O Fluminense, sorteado como mandante do jogo, ganhou o direito, após audiência na tarde desta sexta, de jogar apenas para sua torcida. Eduardo Bandeira de Mello e Pedro Abad afirmaram ser contra a decisão e recorreram.